Toda semana nós fazemos a um artista ou banda uma série de perguntas rápidas que começam com ‘meu/minha primeiro/primeira’; falamos sobre desde os seus primeiros shows até a primeira vez em que eles ficaram bêbados. Dessa vez, os convidados são a banda australiana de pop-rock 5 Seconds of Summer, cujo quarto álbum, ‘CALM’, está em primeiro lugar nas paradas britânicas
O fato de que a 5 Seconds of Summer, uma banda pop-rock de Sydney, estava lutando com Dua Lipa pelo primeiro lugar da parada de álbuns do Reino Unido nesta semana diz tudo o que você precisa saber sobre quão populares eles são. A cantora estava cotada para ganhar, mas no meio da semana os rapazes a superaram com a venda de cerca de 7.000 cópias do seu quarto álbum. Hoje, a Official Charts anunciou que a banda venceu por pouco a rainha pop da Grã-Bretanha e conquistou o primeiro lugar e seu segundo álbum número #1 aqui no Reino Unido.
A 5 Seconds of Summer, como você pode notar – chamada também de ‘5SOS’ -, inspira níveis de devoção próximos aos do One Direction, especialmente desde que eles abriram uma turnê de Harry Styles e companhia em 2013; apresentações que lhes trouxeram reconhecimento mundial antes mesmo de lançarem seu single de estréia.
‘A primeira vez’ que vocês se conheceram…
Luke Hemmings: Conheci o Calum e o Michael no dia de orientação do sétimo ano. Fiquei bastante nervoso num primeiro momento, porque eu não tinha nenhum amigo naquela época e eles já estavam na escola há alguns anos. Ashton e eu nos conhecemos no cinema. Um cara estava enchendo meu saco e ele me defendeu, então imediatamente pensei que ele era um cara legal. A segunda vez que vi Ashton foi no nosso primeiro ensaio como banda. Isso foi na casa do Michael e fiquei impressionado com quão bom baterista ele era. Quando começamos eu tinha só 15 anos; obviamente não percebemos naquele momento a longa jornada que viveríamos, ainda sim, mesmo naquela época, parecia que tínhamos algo especial, com certeza.
Michael Clifford: Eu conheci o Calum quando estava no segundo ano, o Luke quando estava no sétimo ano e o Ashton quando estava no nono ano. Calum se tornou meu melhor amigo logo no primeiro dia. Luke e eu nos odiávamos e brigávamos por garotas. Ashton era como nosso irmão mais velho; ele nos levava para os lugares e nos dava conselhos.
‘A primeira vez’ que vocês se apresentaram para uma platéia…
LH: O primeiro show que fizemos foi em um pub em Sydney chamado Annandale Hotel para aproximadamente 12 pessoas. Lá dentro cheirava a uma mistura de cerveja velha e xixi. Nós pensamos que fossemos ter umas 100 pessoas no público, mas acabamos talvez exagerando na conta… Foi o melhor/pior show da minha vida. Eu nunca vou me esquecer dele.
MC: Era 3 de dezembro de 2011. Esse foi também o primeiro dia oficial da 5SOS como banda. Foi um momento tão especial que o recriamos no videoclipe de ‘Old Me’ – nele visitamos todas as passagens importantes para nós durante o nosso crescimento.
MC: A primeira vez que fiquei bêbado foi com os outros caras da 5SOS no meu aniversário de 16 anos. Eu acho que bebi o vinho do porto dos meus pais. Não foi bom. Nunca mais bebi vinho do porto. Mas passei por uma fase em que ficava muito bêbado; já superei isso agora. Ocasionalmente, tomo uma sidra ou um drink de gim (obrigado Ryan Reynolds por me viciar nisso), mas não fico super bêbado mais.
‘A primeira vez’ que você se apaixonou de verdade…
MC: Quando conheci minha noiva, Crystal. Sou um homem incrivelmente sortudo por ter aprendido o que é amor verdadeiro. É engraçado como assim que você o encontra, todo o resto da sua vida se encaixa no lugar certo. Você olha para trás e todo o seu passado faz sentido, como as coisas que teve que aprender para chegar à uma versão de si mesmo que pode lidar com responsabilidades e aceitar o amor verdadeiro. Ajudamos um ao outro a nos tornarmos as melhores versões de nós mesmos e continuamos aprendendo e crescendo todos os dias.
‘O primeiro’ disco que você comprou…
LH: O primeiro disco que comprei com meu próprio dinheiro foi ‘The Young And The Hopeless’ do Good Charlotte. Mas o primeiro álbum que ouvi sem parar era do meu pai: o ‘Back In Black’ do AC/DC. Eu amo o espírito do início do punk pop e incorporamos isso nos nossos primeiros álbuns. O fato do AC/DC ser uma banda australiana tão grande é definitivamente algo que eu carrego comigo, e isso significa ainda mais para nós por [também] sermos [uma banda da] Austrália. Meu gosto musical agora é todo misturado, mas geralmente acabo caindo no som dos anos 80 na minha playlist.
MC: ‘Curtain Call’ do Eminem é o melhor CD de todos os tempos. Ainda é o meu favorito até hoje.
‘A primeira vez’ que você usou um figurino no palco…
LH: No início nossos figurinos eram muito simples. Não tínhamos dinheiro e provavelmente não tínhamos bom gosto. Jeans skinny pretos e Vans eram o uniforme antes de melhorarmos e começarmos a experimentar estilos diversos e incorporar influências diferentes ao nosso figurino. Muita coisa dos anos 1970, 1980 e 1990. Eu amo o Michael Hutchence do INXS e o que ele vestia. E o AC/DC, por ser uma das maiores bandas australianas de todos os tempos, ainda é um grupo que carrego comigo.
MC: Eu ainda não tenho [um figurino]. A maneira como me visto no palco é como me visto na vida real, sempre foi. Não existe um ‘eu do palco’ e um ‘eu normal’.
‘Sua primeira’ celebrity crush foi…
MC: Jessica Alba. Minha número 1! É engraçado porque ainda a admiro, mas por motivos diferentes. Minha noiva também a admira. Ela é muito inspiradora.
‘A primeira vez’ que você ganhou dinheiro como músico…
MC: Eu não tenho certeza se isso conta, mas eu e o Calum, nosso baixista, tocamos do lado de fora de um shopping com um ukulele e alguém nos deu 50 dólares. Nós imediatamente saímos e compramos outro ukulele. É seguro dizer que só um ukulele era suficiente. Nós nunca mais ganhamos dinheiro tocando na rua.
LH: Antes da banda, eu costumava tocar em qualquer lugar que pudesse e por muito tempo eu ganhei mais dinheiro fazendo isso do que nos primeiros anos na 5SOS.
MC: Eu sou viciado em jogos de tabuleiro. Posso entrar na Amazon e comprar milhares de miniaturas de D&D, toneladas de jogos de tabuleiro, peças raras de xadrez. Eu não gasto muito dinheiro com nada além disso… exceto, talvez, a casa que acabei de comprar, mas valeu a pena. Não consigo me imaginar em quarentena em nenhum outro lugar. Parece um acampamento de verão.
LH: Eu passei alguns anos com uma obsessão por botas.
‘A primeira vez’ que um político te deixou irritado…
MC: Trump. A primeira e única. Todo dia ele faz algo que me faz pensar ‘que porra é essa?’. Eu não sabia o quão insana era a política norte-americana até ele ser eleito. Me lembro da minha noiva chorando no avião quando ele foi eleito, e foi aí que eu percebi. Temos a sorte de ter um governo na Austrália que apoia seus cidadãos com todo o coração.
‘A primeira’ briga que vocês tiveram durante uma turnê…
MC: Para saber quem comeu todo o M&Ms de amendoim. Mas agora estamos mais evoluídos, discutimos por causa de suco prensado.
‘A primeira vez’ que vocês conheceram um fã…
MC: A primeira vez que conheci um dos nossos fãs foi no nosso primeiro show. Havia apenas 12 fãs e nós falamos com cada um deles. Não que tenha demorado muito tempo… Eu ainda gosto muito de encontrar com os nossos fãs. Eles são incrivelmente apaixonados e talentosos, você deveria ver as artes que eles fazem!
‘A primeira vez’ que vocês se sentiram estrelas do rock…
LH: Eu acho que no começo todos nós tínhamos a sensação de que algo em nós era especial. Você pode chamar isso de ilusão ou inocência, mas nós sentimos que chegaríamos lá com tudo o que tínhamos. Quando vimos o quão dedicados nossos fãs eram (e ainda são), foi importante por sentirmos o quanto significávamos para as pessoas.
MC: Quando recebemos potes de Vegemite de graça com nossos nomes escritos neles. Foi quando soubemos que tínhamos feito sucesso.
MC: ‘Don’t Stop Believin’ do Journey. Obviamente.
LH: Qualquer coisa do Journey.
‘A primeira vez’ que vocês, como banda, perceberam que eram bons…
MC: Nós somos bons? Continuamos ganhando o prêmio de ‘Pior Banda’ da NME, então não tenho tanta certeza.
‘A primeira coisa’ que você faria se se tornasse presidente…
MC: Eu odiaria ser presidente dos Estados Unidos, é muita responsabilidade. Mas a primeira política que eu implantaria provavelmente seria de assistência médica gratuita para todos e também de educação universitária gratuita. A saúde é um direito humano básico, não um privilégio. O mesmo acontece com a educação.
Fonte: GQ (UK)
Tradução/Apdatação: Fernanda Lima (Equipe 5SOS Brasil)