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Você conhece a Day Limns? A artista foi anunciada como ato de abertura do “The 5 Seconds Of Summer Show” no Rio de Janeiro (23/07) e em São Paulo (25/07).

E, claro, o 5SOS Brasil não poderia deixar de apresentá-la para o fandom! Conversamos com a cantora para conhecer mais sobre sua carreira, processo criativo, convite para a tour e setlist. Confira e se apaixone!

Day Limns: Onde tudo começou

Dayane de Lima Nunes nasceu em Goiânia, Goiás, no dia 08 de junho de 1995. E, assim como toda criança, ela também tinha um sonho: ser cantora!

Desde pequenininha eu sempre soube que eu ia ser cantora, que eu ia ser artista. Quando eu tinha seis anos, meu primo me apresentou a Avril Lavigne e eu falei: ‘Quero ser que nem ela quando crescer’ e eu fui, sabe?”

Todos nós sabemos que seguir carreira musical não é fácil, mas a pequena Day não desistiria do seu sonho:

O espaço que eu tinha para fazer acontecer na época era dentro dos limites da igreja. Então eu cantava na igreja, nos cultos, nas reuniões e em coisas desse tipo até eu descobrir a internet e começar a gravar vídeos no Twitter.”

E você sabe quem foi a inspiração para ela ir para a rede do passarinho postar covers? Se respondeu 5SOS, errou! Day nos contou que era super fã de Fifth Harmony. Acredita?

Eu tinha uma fan account para Fifth Harmony. Inclusive, teve uma batalha história do 5 Seconds Of Summer no VMA com o Fifth Harmony e eu votava muito para Fifth Harmony, confesso (risos). Eu comecei a postar cover para tentar chamar a atenção delas e acabei chamando a atenção também de outras pessoas.”

Quer um fun fact da história do 5SOS Brasil? Em 2017, quando a 5SOS foi anunciada como atração no Rock In Rio, a primeira conta que nos mandou mensagem informando foi o Fifth Harmony Brasil. Quem diria, né?

Curiosidade de lado, Day migrou seus covers para o YouTube até chegar ao palco de um dos principais programas musicais do país: o The Voice Brasil.

The Voice Brasil e a ascensão de uma nova estrela

Já vivendo em São Bernardo do Campo, em São Paulo, Day participou da 6ª temporada do The Voice Brasil, em 2017, e cantou nas audições às cegas a faixa “Deixe-me Ir”, do 1Kilo, conquistando o técnico Lulu Santos.

Durante a sua participação no programa, a artista apresentou outras faixas de sucesso, como “PillowTalk”, do Zayn, “Sweater Weather”, do The Neighbourhood, “Crying in the Club”, da Camila Cabello, “Na Sua Estante”, da Pitty e “Céu Azul”, do Charlie Brown Jr.

Day ainda passou um período no time da Ivete Sangalo antes de voltar a ter Lulu como técnico, com quem chegou até a final. Na última etapa da competição, a cantora performou “Agora Eu Quero Ir”, do duo Anavitória, e “Meu Lugar”, uma faixa autoral.

Day pode até não ter ganhado o prêmio do The Voice Brasil, mas ela com certeza saiu vitoriosa da edição. De lá para cá, a artista conquistou seu espaço na música e já é considerada a “rainha da nova geração do pop rock” do Brasil.

Sobre o título, Day comenta:

Eu me sinto muito feliz porque é muito doido você ver acontecer uma coisa que você colocou na cabeça que ia acontecer. Então é aquela criança interior sendo bem realizada.”

Tracklist e processo criativo

Em 2018, Day lançou seu EP homônimo. Com exceção à faixa “Tanto Faz”, todas as outras canções estão relacionadas com suas experiências pessoais.

Agora, vamos combinar: não importa qual seja o seu signo, você já culpou ele – ou Mercúrio retógrado! – por algo que aconteceu, acertei? Day não é diferente!

Em 2020, a cantora lançou o EP “A Culpa É Do Meu Signo”. Com influências emo, rock e pop, a geminiana reuniu seus medos, paixões, conquistas, frustrações e contradições em cinco faixas incríveis.

Na época da divulgação, a artista até mandou um recado especial para os fãs da 5SOS – com direito a um mini cover de “Ghost Of You”:

Um ano depois, em 2021, Day finalmente lançou o seu primeiro álbum de estúdio, intitulado de “Bem-Vindo Ao Clube”, que conta com faixas como “Clube Dos Sonhos Frustrados”, “Fugitivos” e “Isso Não É Amor”, com Lucas Silveira (Fresno).

Em nota publicada pela Universal Music, gravadora da artista, é descrito que “todas as 12 faixas trazem histórias vividas pela cantora antes e depois de se assumir LGBT, além dos novos sentimentos trazidos pela pandemia, sonhos e frustrações de diferentes momentos de sua vida”.

Você percebeu que, em todas as produções, Day Limns apresentou algo relacionado à sua vida? Sobre isso, ela explica:

As minhas eras e a minha arte acompanham a minha evolução como pessoa. Então é meio assim que eu defino. O que fiz em 2018 definia muito bem aquela Day. O que eu faço hoje define muito bem essa Day, que é consciente de quem é.”

Além disso, a cantora também destacou a evolução da sua carreira ao longo do tempo:

Meus primeiros trabalhos tinham muito um ‘que’ de uma inocência, de uma falta de experiência e que eu acho muito genuíno. Hoje eu também acho muito genuíno o que eu faço, mas não tão mais nesse lugar da inocência.”

É incrível quando você percebe a sua evolução, né?

Por fim, vale destacar que Day tem parcerias com diversos outros artistas renomados, como “Clichê” e “Maturidade”, com Vitão, “Castelo de Areia”, com Bullet Bane, e “Muito Além”, com Di Ferrero (NXZero).

Você sabia que a Day Limns já publicou um livro?

Se você ouvir o álbum “Bem-Vindo Ao Clube” com atenção, perceberá que as músicas contam uma história. No entanto, como entendê-la sem os detalhes?

Bem, Day Limns não brinca em serviço e, por isso, lançou o livro “Esta não é apenas uma carta de amor”, que nos permite mergulhar com mais profundidade na narrativa do disco.

Quando perguntamos sobre as diferenças e semelhanças dos processos criativos das músicas e do livro, Day explicou:

Para mim, o processo criativo do livro e das músicas foi meio que parecido porque vem da mesma fonte de inspiração, que era a minha vida. Mas, no livro, eu queria que tivesse mais detalhes. Eu queria que fosse uma coisa mais lúdica. A música pode deixar vários buracos na história e no livro eu não queria que tivessem esses buracos”

Vamos confessar que a ideia é genial e já queremos que a 5SOS invista. Consegue imaginar como teria sido um livro explicando as histórias por trás do “Sounds Good Feels Good”? Ou talvez do “Youngblood”? Day, você nos fez sonhar!

Day Limns: O que o futuro espera?

Atualmente, Day Limns está divulgando a sua nova era, que já conta com faixas como “VERMELHO FAROL”, “REVOLTA” e “MINHA RELIGIÃO”.

Assim como as antigas produções, as novas acompanham a evolução pessoal da artista. Para o futuro, a gente pode esperar uma Day ainda mais madura e consciente:

Eu me vejo muito nesse lugar de estar finalmente aceitando quem eu sou, depois de muita análise e terapia. Eu sou uma pessoa complexa, eu sou uma pessoa contraditória, uma pessoa que sempre teve o anjinho e o diabinho brigando muito aqui na minha cabeça. Hoje eu meio que entendo que tenho o controle sobre eles e eu meio que decidi que eles vão coexistir. Eles vão andar de mãos dadas.”

E Day continua:

Claro que é uma analogia, mas eu acho que isso vai traduzir como as minhas músicas vão soar, para além do que elas vão falar e se parecer esteticamente. Eu acho que é isso que as pessoas podem esperar.”

5SOS e o convite para a turnê

Enquanto os novos projetos não são lançados, vamos falar sobre a relação da artista com a banda e o “The 5 Seconds Of Summer Show”, que está prestes a acontecer.

Lembra quando a Day contou que era fã do Fifth Harmony? Como será que foi para ela ouvir 5SOS, afinal, sabemos que a artista posta sobre a banda há anos:

Eu era fã do Fifth Harmony e tinha briga dos fandoms [Harmonizer x 5SOSFam] o tempo inteiro. Eu lembro que eu tinha ciúmes da Camila, aquela coisa de fã, né, enfim. Quando eu fui parar para ouvir os meninos eu falei: ‘Mano, eles são bons mesmo’ (…) Especialmente depois que passei a viver da música, eu passei a respeitar ainda mais o ‘trampo’ deles, porque conversa muito com o meu.”

Na mesma época que postou aquele tweet, a artista também divulgou um cover da faixa “Disconnected” em parceria com a sua amiga Lua:

Agora, focando especialmente no convite para abrir as duas noites do “The 5 Seconds Of Summer Show” no Brasil, Day comenta:

É muito doido que isso esteja acontecendo hoje, é muito doido mesmo. Às vezes, eu paro e rio para a parede e falo: ‘mano, a vida é muito doida’. Eu não consigo ter outra reação além dessa. O quanto que o mundo gira, parece que eu estou vivendo uma fanfic.”

E que fanfic, não é mesmo?

Setlist da Day para o “The 5SOS Show”

Eu tenho certeza que muitas pessoas estão com a playlist da Day Limns no repeat desde o dia que ela foi anunciada como ato de abertura, afinal, uma das coisas mais legais dos brasileiros é que eles gostam de fazer o show com o artista!

Diferentemente da 5SOS, a cantora tem compaixão pelos fãs e, assim que descobriu quanto tempo de palco tinha, tratou de liberar a setlist para o show:

Para concluir, Day Limns também nos contou quais músicas da 5SOS ela gostaria muito de ouvir:

Seria muito doido se eles tocassem ‘Disconnected’, não sei se eles tocam. Eu ia amar se eles tocassem ‘Easier’, que eu gosto muito dessa música também. E eu vou ser chata e previsível se eu falar ‘Ghost Of You’? ‘Ghost Of You’, essa machuca.”

Machuca, e machuca muito, Day!

Agora, vamos combinar: com o talento que tem, o sonho da Day de ser cantora dificilmente será frustrado!

Quer acompanhar o trabalho da artista? Siga-a nas redes sociais:

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Informações sobre o “The 5 Seconds Of Summer Show”

A seguir, confira informações sobre o “The 5 Seconds Of Summer Show” e como comprar ingressos para ver a 5SOS e a Day:

Rio de Janeiro

Local: Vivo Rio
Data: 23/07/2023
Abertura dos portões: 19h (horário de Brasília)
Início do show: 21h (horário de Brasília)
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo. Rio de Janeiro-RJ
Atração de abertura: Day Limns
Ingressos: Bilheteria de segunda a sexta das 10h às 18h (o horário de atendimento sofre alterações em dias de shows) – Online AQUI

São Paulo

Local: Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas)
Data: 25/07/2023
Abertura dos portões: 19h30 (horário de Brasília)
Início do show: 21:30 (horário de Brasília)
Endereço: Rua Tagipuru, 795 Barra Funda, São Paulo – SP
Atração de abertura: Day Limns
Ingressos SP: Bilheteria de segunda a sexta das 10h às 18h e sábado das 10h às 14h (não há atendimento em dias de shows) – Online AQUI

Leia também: 7 motivos para ir ao “The 5 Seconds Of Summer Show” no Brasil

Texto: Larissa Rhouse (Equipe 5SOS Brasil)

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Arquivado em: Entrevistas , Notícias

“É preocupante, estamos prestes a começar a turnê nos EUA.”

Na véspera de sua turnê australiana, a banda 5SOS senta-se junto com o Yahoo para dividir sua ansiedade sobre fazer a turnê Norte Americana com os últimos acontecimentos.

E enquanto Ashton, Luke, Michael e Calum dizem que estão felizes por estar de volta para casa, a vibe pesada sobre esse assunto é impossível passar despercebida.

“É preocupante, estamos prestes a começar a turnê nos EUA, mas você não pode deixar que isso te impeça de continuar entretendo as pessoas porque isso é o nosso trabalho… Mas é incrivelmente triste,” Ashton Irwin diz exclusivamente para o Yahoo7 Be.

Os garotos no café da manhã com o Vegemite

“O que aconteceu ali foi uma das piores coisas que poderiam ter acontecido – e que aconteceu – especialmente para os outros músicos e pessoas da industria (musical). é intenso pra caralho,” diz Michael Clifford.

“Ela era uma mulher muito bonita, tinha uma voz ótima. Eu lembro de ver seus vídeos no Youtube quando eu era mais novo. Ela é maravilhosa, é realmente horrível,” adiciona Ashton.

Enquanto claramente estão perturbados pelo acontecimento devastador, os meninos ficam ansiosos para mudar o assunto da conversa e falar sobre coisas mais leves, como por exemplo eles acabaram de finalizar uma enorme turnê pela Europa essa semana e estão sofrendo seriamente com o cansaço.

“Nós estamos morrendo por causa do Jetlag,” exclama Luke Hemmings, “É muito ruim!”

Mas agora, de volta e seguros na Austrália, qual é a primeira coisa que os garotos fazem quando pisam no solo de casa?

“Ver a família e usar algumas gírias australiana no aeroporto, minha preferida é ‘take it eaaasy’ (pega leeeeve)'” Luke diz rindo.

“How ya going (como vai?/ e ai?) é a minha preferida,” adiciona Michael com a voz em um forte sotaque australiano.

O quarteto está de volta a cidade para o lançamento da campanha “Beat The Mitey Drum”, um aplicativo do Vegemite que apoia a equipe olímpica australiana.

E no dia Nacional do Vegemite hoje Ashton, Luke, Mikey e Calum estão mais do que felizes em encerrar o debate sobre onde o Vegemite deve ser mantido na geladeira ou no armário de uma vez por todas.

“Armário!!!!” todos eles concordam.

“As pessoas guardam na geladeira?” Luke pergunta em choque. “Uaaaaaaau isso é bem estranho. Dois tipos de pessoa no mundo.”

Se isso é bom o bastante para o 5SOS, é bom o bastante para nós.

FONTE: Yahoo Australia

Traduçã e adaptação: Equipe 5SOS Brasil

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– CLIQUE AQUI PARA LER A PRIMEIRA PARTE DA ENTREVISTA

Feldmann é um cara amigável e conversador,  num terno e cabelo loiro-platinado. Ele dá uma olhada no menu, mas encontra dificuldade em achar algo porque está numa dieta. ”Nove dias — sem glúten, sem cafeína, sem carboidratos”, ele diz. ”Eu só me masturbo todo dia a todo momento”

Desde que ele começou a trabalhar com 5SOS em 2013, Feldmann se tornou o pai inoficial da banda. (Eles foram pra sua casa no feriado de ação de graças.) Eles têm um side-project com Feldmann chamado Wormstein, onde usam máscaras de animais e recentemente filmaram um vídeo barato de uma música original de hardcore-punk de 30 segundos chamada “Doughnuts.”

Ele ouviu 5SOS pela primeira vezes Londres, enquanto trabalhava com The Veronicas, uma banda australiana, na qual a cantora, Jessica Origliasso, era amiga de Clifford. ”Eu nunca em um milhão de anos teria dito que em dois anos eles estariam na capa da Rolling Stone”, diz Feldmann. ”Eu ouvia tanta gente dizendo que ‘guitarras haviam acabado’. É tudo EDM e programação. E é isso que as pessoas querem ouvir.’ E graças a Deus, eles provaram que todos estavam errados.”

A banda podia ter optado por trabalhar com hitmakers como Max Martin após o sucesso do primeiro álbum, mas escolheram continuar com Feldmann. Ele é só um dos pop punkers veteranos trabalhando com a 5SOS — Deryck Whibley da Sum 41, Alex Garskarth da All Time Low, e Benji e Joel Madden da Good Charlotte também escreveram com a banda.

5SOS também são grandes fãs do Creed e Nickelback. “Eu acho que os australianos são viciados naturalmente no cock rock [subgênero de rock]”, diz Hood. “Porque eu amo pra caralho. ” A banda até teve uma colaboração com Chad Kroeger em uma das sessões de composições recentemente, mas não deu muito certo. “Era apenas mais uma música do Nickelback,” diz Irwin.

A banda ama falar sobre o Kroeger. “Ele pediu 12 pedaços de filé de frango e uma salada Caesar [salada preparada com alface romana e molho Caeser].” Diz Irwin. “Foi tão engraçado, cara.” Hood levanta sua voz em  uma oitava para imitar Kroeger: “Ele estava tipo, ‘Porra, eu não sou nada saudável. Eu peço isso todos os dias.”

“No final do dia, ele estava tipo, ‘Merda, eu me sinto estressado,” diz Irwin. “Ele estava tipo, ‘Vocês procuram por merda na internet? E nós estávamos tipo, ‘que tipo de merda?’ E ele, ‘Coisas de garota, tipo, garotas gostosas dançando.’ Então ele vai no Youtube e escreve ‘Garotas gostosas dançando’ na pesquisa. E nós sentamos lá assistindo. Foi um momento “pai esquisito na internet”

“Tipo um pai tentando achar porno,” diz Clifford, brincando de digitar “porn.com!”

“Esse definitivamente era eu quando mais novo – pornô de graça, ” diz Hood. “Eu não quero nada dessa merda de subscrição. Eu quero o material de graça.”

“Vocês já procuraram alguma vez por ‘Peitos’ no google images?” Diz Clifford. “Quando eu tinha 11 anos, eu costumava usar a janela anônima no google imagens. Ah, cara, isso não está ajudando em nada na entrevista, está? ”

Good Charlotte foi o primeiro show de rock do Hemmings, ele os viu ao vivo quando tinha em torno de 12 anos em Sydney. “Eles são a razão pela qual eu quis estar em uma banda,” ele diz. “Eu pude me identificar com uma banda de uma cidade pequena, falando sobre quererem ir para fora. ”

Agora, 5SOS estão retornando o favor: Good Charlotte foi de tocar no Madison Square Garden a performar na Casa do Blues in Myrtle Beach, na Carolina do Sul, quando decidiram entrar em hiatos há alguns anos e trabalhar por trás das câmeras como produtores. Então Feldmann os botou em contato com 5SOS, e eles escreveram canções em ambos os seus álbuns. ”Nós ficamos muito inspirados,” Benji Madden dirá no palco essa noite. ”E nós trouxemos o besouro do pop-punk de volta!” Essa noite é primeiro show completo dos Maddens em cinco anos.

Enquanto Hemmings come, ele abraça sua namorada, Arzaylea, uma morena baixa de 21 anos com um piercing no nariz e uma camisa que diz ”Eu preferia estar comendo.” Enquanto Hemmings fala em meu ouvido, ela mantém sua mão nas calças dele, acariciando sua perna. Eles se encontraram em uma festa em L.A. há três meses. A festa estava ”muito ruim,” mas Hemmings se impressionou quando ela o contou que sua banda era o grupo emo do arizona, The Maine. Ele a convidou pra casa da 5SOS por volta das 3h da manhã, e eles estão juntos desde então. Ele tentou manter o relacionamento deles em segredo por semanas, saindo de carros separadamente pra evitar paparazzis, mas essa noite parece que ele desistiu. ”É difícil,” ele diz. ”Uma das coisas estranhas é que você quer que seja um segredo, mas não quer que seja um segredo.”

Arzaylea cresceu em Austin e Nova York, e foi ao instinto de beleza Aveda. ”Eu não uso isso agora“ ela diz. O que ela faz? ”Eu sou uma ”influenciadora da internet”, ela diz. ”Eu só posto fotos. É bem fácil.” Num Q&A online, alguém a perguntou, ”Você se preocupa com dinheiro pro futuro, já que não tem um trabalho fixo e atualmente não estuda?”

”Não,” ela respondeu. ”Fundo de segurança.

Arzaylea se tornou uma vilã pras fãs obcecadas por Hemmings; o universo online de 5SOS é cheio de conspirações sobre ela — que está usando Hemmings por fama, especulando que ela tenha 25 anos, e não 21, que ela é uma marionete sendo paga por agentes pra criar problemas e gerar publicidade. Elas escavaram tweets azedos de ex-namorados. ”Vocês me odeiam quando nem me conhecem,” ela tweetou fãs. ”Eu não uso ninguém pra nada. Eu posso fazer literalmente tudo sozinha.”

Hemmings e Arzaylea dão as mãos ao andarem até o Troubadour. Minutos depois Good Charlotte estão no palco, apresentando um set cheio de hits. Entre canções, eles brincam sobre estarem velhos e abandonando a escola antes de praticar. ”Nós vamos levar isso de volta pra 2001”, Joel Madden diz antes de ”Little Things.” Hemmings balança em seu assento, cantando junto. Quando a área VIP fica cheia, Arzaylea sobe em seu colo, e eles se pegam. Quando a banda dá um oi pra 5SOS, eles levantam os pulsos

Depois do show, 5SOS foi para o backstage, onde Nicole Richie, esposa do Joel Madden, direciona os convidados para o camarim. Os Maddens estão conversando com executivos da indústria musical sobre a sua volta. Quando eles veem a banda, todos se abraçam. “Nós devemos muito a esses caras, mano, ” Benji Madden diz, falando para o público. “Nós estávamos tipo, acabados. E então, nós passamos nove meses juntos. Vê-los se tornarem a banda que são…. Eu amo pra caralho esses caras. Eu não sei o que faria sem vocês. ”

“Esses são meus irmãozinhos, ” diz Joel, dando tapinhas nas costas de Hood. “Obrigado por virem ao nosso show essa noite. Vocês fizeram parecer que somos maneiros! ”

Hemmings, Hood e Clifford se conheceram na escola cristã Norwest, uma pequena escola privada num subúrbio de Sydney, onde estudantes usam blazers e professores ”usam seus conhecimentos como cristãos pra ensinar de um ponto de vista bíblico em todas as áreas do currículo”, de acordo com o website. ”Era bem estrito,” diz Clifford. (Quando perguntado se é religioso, diz não ir pra igreja, mas ”sempre que vou pra casa, minha família me lembra de quão abençoado eu sou, e coisa do tipo.”)

Hemmings se descreve como um estudante ”agressivamente normal”; sua mãe era uma professora de matemática e seu pai possuía um negócio de limpar piscina. Clifford e Hood se conheciam por anos; Hemmings chegou em Northwest na sétima série. ”Ele era tipo o cara legal”, diz Clifford, o qual os país possuem um negócio de computadores . ”Ele era meio um otario. Nós não nós gostávamos por um tempo.” Hemmings diz, ”Eu era gordinho. Minha voz não havia se desenvolvido. Michael era alto e magro, e tinha um cabelo maneiro, então eu era meio ‘Que esse cara se foda.’

Adam Day, o professor de música dos meninos, disse que Clifford foi o primeiro a mostrar ambição desde novo: ”Michael sempre me disse, ’Eu vou ser um super astro um dia.’” Mas foi Hemmings quem primeiro se tornou sério sobre YouTube, postando um cover de ”Please Don’t Go” de Mike Posner em 2011, quando tinha 14 anos. Graças a aparencia e performance amadora, mas encantadora de Hemmings, o vídeo atingiu 40,000 visualizações em alguns meses.

Hood – que levou o futebol tão a sério a ponto de visitar o Brasil para treinar – e Clifford se juntaram a ação. O trio se juntou ao redor de uma câmera e gravaram o cover do single do Chris Brown ft. Justin Bieber “Next to You” que passou de 600 mil visualizações. Eles brincavam um com outro e com vários fãs online: “Vá se inscrever e curtir todas as coisas,” Clifford dizeria. “Nós percebemos o que as pessoas gostam sobre nós, ” disse Hemmings. “Nós não somos idiotas. Nós estávamos sendo idiotas na frente da câmera e as pessoas gostariam disso.”

“Eles tinham essa energia nervosa,” diz o primeiro empresário da banda, Adam Wilkinson, que os conheceu quando os três fizeram uma turnê pelo Studio 301, um dos maiores estúdios de gravação, na primavera de 2011. Naquele dezembro, eles fizeram a primeira apresentação em uma casa de show local chamada de Annandale Hotel. Eles precisavam de um baterista e encontraram o Irwin. A banda disse que apenas doze pessoas apareceram para o show. “Tinha muito mais público na internet,” diz Irwin. “Ninguém dava a mínima de onde nós viemos. Mas as pessoas da internet que viviam na Noruega e Suécia estavam assistindo e dizendo, ‘Isso é legal.’”

Depois de se encontrar com a banda e a mãe de Hemmings, Wilkinson escreveu um plano de 12 meses pra 5SOS se tornar um ”juggernaut” pop. Ele começa lendo uma estratégia de marketing apresentada à banda: ”Musicalmente, 5SOS pode ocupar o espaço entre One Direction e [boyband britânica que toca guitarras] Mcfly. Eles são jovens, atrativos, adolescentes de fácil acesso, que têm um lado mais engraçado, e tocam seus próprios instrumentos. Enquanto eles não podem entrar no mundo pop punk, eles podem ficar nos lados e capturar o fim do mercado.”

”Eles sempre quiseram ser Blink-182 ou Good Charlotte, mas eu serei o primeiro a admitir ter achado que isso seria atirar muito longe,” diz Wilkinson. ”Nós tentamos fazê-los mais pop.”

Igual ao Fab Four, cada membro do 5SOS teria uma simples personalidade. Luke era o quieto. “A ideia era fazer os fãs sentir um pouco do mistério que o cerca,” diz Michael do Day One que queria ser um rock star. “Então, nós tentamos atenuar isso. Calum foi sempre o criativo. Ashton o sério.

Wilkinson faria os garotos twittar pros fãs: ”Eu estaria checando o Twitter deles — ’Caras, o Ashton fez isso, por quê diabos vocês não fizeram?’ ’Oh, desculpa, esqueci. Tô na escola, ocupado.’

Em maio de 2012, a banda saiu em sua primeira turne de todas, passando por três cidades com casas de shows com capacidade de 200 pessoas, que Wilkinson diz ter esgotado todas as datas com menos de dois minutos. “Eu continuo sem entender como os ingressos se esgotaram tão rápido,” ele diz. “Dentro de três meses, esses caras foram do nada para esgotando shows em três cidades que várias bandas  conhecidas se matariam para esgotar.”

A coisa ficou mais séria quando a banda despertou o interesse da Modest Management, a companhia de Londres que é responsável pelo One Direction. O co-fundador, Richard Griffiths, voou para Australia para persuadir o 5SOS a se mudar para Londres. A banda chegou no Reino Unido em dezembro de 2012, um mês depois que o Louis Tomlinson, do 1D, havia tuitado um link do youtube do single original da banda, “Gotta Get Out.”

“Tenho sido fã dessa banda há um tempo, todos vão atras de conhecê-los,” ele disse.

Apoio como esse não vem de graça: de acordo com os relatos, One Direction é dono de mais de 50%  da 5SOS no LPP [companhia que pertence aos membros do 1D junto com a Modest] dando a eles uma parte do lucro da banda com a música e merchandise. De meses após o tweet, One Direction anunciou que 5SOS abriria para eles sua turnê em arenas; depois de menos de duas dezenas de shows, 5SOS estava tocando na O2 Arena. Quando eles pousaram em Miami em uma pausa da turnê, 200 garotas os esperavam dentro do aeroporto.

Hemmings diz que eles tomam vantagem da atenção. Eles eram selvagens nas suas turnês antigas, quando eles iam aos bares para se misturar com os fãs depois dos shows. “Quando você coloca quatro caras em um ônibus de turnê, tocando em teatros, depois arenas, você vai transar com um monte de garotas, eu acho,” diz Hemmings. “Nós nos divertíamos muito.” Várias garotas em uma noite? “Eu sinto que não deveria dizer,” ele diz com um sorrisinho. “Você pode dizer que as possibilidades são grandes.” Várias garotas ao mesmo tempo? “A possibilidade é grande,” ele diz de novo. Ele dá um sorriso meio diabolico. “As possibilidades são infinitas.”

“Eu tinha toda essa atenção de todas essas garotas que nunca teriam olhado pra mim no colégio, chegando até mim dizendo coisas, dando números de celular,” diz Hood. “Era tipo, ‘Puta merda, ai sim caralho!’ Eu era um pouco imprudente.”

Em 2014, um video que o Hood mandou para uma garota no snapchat – no qual ele filmava se olhando no espelho com seu pênis de fora – caiu na rede. Esse fato aconteceu há um tempo – ele sabe por causa das suas tatuagens. “Foi meio que uma benção, de um modo, porque nada tão ruim pode acontecer de novo comigo, ” ele diz, fumando na varanda da casa da banda. “Se outra foto do meu pênis sair, vai ser só, tipo, ‘Ah! É o pau dele de novo. ”

Além de que, o vídeo ajudou a dar uma certa publicidade para a banda. “Agora, eu estou trabalhando em um vídeo pornô,” diz Hood. “Eu vou chamar a Pamela [Anderson], tipo, ‘Ei, já faz um tempo. Nós realmente precisamos  dar uma animada nessa banda!’”

Ele pode não ser o Sid Vicious [grande ícone do punk, ex-baixista do Sex Pitols], mas Clifford foi a ovelha negra do 5SOS desde o início, quando Irwin tinha que ir até a casa do Clifford o acordar para os ensaios da banda. Ele é um pouco esquisito – ele não pode participar de um show em Nova Iorque após perder seu passaporte – e ele também é o mais propenso a acidentes: no último mês de Novembro em Londres, ele caiu do palco de uma premiação com menos de 10 segundos de apresentação, caindo em um buraco que havia no meio do palco. “Meu calcanhar está fodido,” ele diz. Mais assustadoramente, Clifford se machucou durante o show pirotécnico em Londres no mês de Junho, seu cabelo e camiseta pegaram fogo, fazendo-o se contorcer pelo palco. Ele foi para o hospital e passou bem, mas ficou apavorado por um momento quando não conseguia abrir seus olhos.

Em uma nota mais pessoal, Clifford interrompeu o show em Michigan no verão passado: “Eu estava resolvendo alguns problemas emocionais,” ele disse para o público. “Eu acabei de ver um terapista nessa ultima pausa rápida que tivemos.”

Clifford afirma sofrer com problemas de ”auto-estima, solidão, e um pouco de depressão,” e diz estar tomando muitos remédios pra dormir à noite. Duas semanas atrás, em Amsterdam, ele atingiu um ”breaking point” [ponto de quebra, ou, não aguentou mais tudo o que estava sentindo] e ligou pro empresário da banda, Matt Emsel. ”Eu disse, ’Eu vou pra casa, já deu pra mim’” diz Clifford. ”’Eu vou me esconder por, tipo, um ou dois meses.’” Ele continua, ”Eu estive triste demais ultimamente.” Após o anúncio no palco, fãs twittaram Clifford palavras de encorajamento com a hashtag #WeLoveYouMichael. ”Eu me tornei, tipo, um advogado da saúde mental, sabe?” Ele diz, um pouco desconfortável com o papel. Irwin é protetor com Clifford, dizendo estar preocupado que os problemas do guitarristas seriam ”vistos como alguma merd@ pra atrair marketing.”

Irwin ficou feliz ao ver Clifford sorrindo quando sua mãe o visitou na estrada recentemente. ”Michael ama a sua casa,” Diz Irwin. ”Ele ama ficar em casa com a porr# do computador dele. Foi lá que nós o pegamos e é pra lá que nós temos que o devolver. Você sabe o que eu quero dizer? Michael, se você deixar seu computador por alguns anos, nós o devolveremos lá eventualmente. A gente só precisa de você por agora pra essa banda.”

Na semana antes do AMAs, Clifford ficou chateado quando o apresentador do The Late Late Night foi para o Sul. Na história, Corden interpretou um quinto membro fictício do 5SOS, que comicamente atacou depois que ele foi chutado para fora do grupo. Mas na gravação, a banda continuava pisando nas linhas do Corden e o apresentador ficou irritado. Suas piadas a custa da banda começaram a ficar mais pesadas e ele começou a atacar Clifford: “Eu consigo encontrar um cara idiota com cabelo vermelho sete dias por semana! Você acha que é o primeiro cara a pintar o seu cabelo e estando em uma banda? Você é um musico clichê de merda.

Clifford ficou um pouco abalado depois disso. “Aquilo foi realmente estranho,” ele disse, andando em um mercado nas proximidades. “Essa foi a promo mais difícil que já fiz.” (As falas maldosas foram cortadas no final). Irwin tem uma opinião diferente, mencionando que brilhantemente conseguiu um elogio de um dos produtores. “Ela disse que era boa em improvisar! ”

Wilkinson atribui o fato do Irwin dirigir a sua infância difícil. O seu pai abandonou sua família quando Irwin tinha dois anos, Irwin ajudou sua mãe a criar seus irmãos mais novos, que são de pais diferentes. “Teve uma época em que ela estava com depressão e bebia muito, foi uma época muito difícil para mim,” ele diz. Irwin era o único membro já formado no Ensino Médio antes de partir para a Inglaterra, ele era uma estrela da natação e vice presidente da classe, e também teve aulas de atuação. E embora tenha sido difícil deixar seus irmãos quando 5SOS deixou Sydney, Irwin sabia que não poderia deixar a oportunidade passar. “Eu acho que estava em um lugar diferente,” ele diz. “Para mim, minha vida era muito mais estressante quando estava em casa. ”

“Eu não estou preso ao meu passado,” ele adiciona. “Eu sou um adulto.” Ele malha todos os dias (“Eu me inspiro no Sting and Springsteen – eles estão em forma pra caralho e são incríveis no palco”) e se esforça para se aproximar com o pessoal da indústria musical, relaxando após o ensaio do AMA para falar com alguns caras que estão próximos a mesa de som.

Clifford e Irwin sempre discutem sobre suas diferenças na hora da criatividade. “Teve vezes em que eu estava tipo, ‘Porra, por que nós estamos brigando tanto?’” diz Clifford. Clifford tende a escrever coisas mais pesadas/sombrias, como por exemplo “Jet Black Heart.” Irwin vai mais para o lado comercial. Irwin ajudou com o primeiro grande single da banda “She Looks So Perfect” (com o refrão “You look so perfect standing there/In my American Apparel underwear”). Irwin conta animado a história da letra: A namorada de um dos compositores da música esqueceu uma vez sua roupa intima, então usou a do seu namorado. “Nós estávamos tipo, ‘Isso é legal pra caralho’” diz Irwin. “Me atingiu de um jeito. Eu amei porque era peculiar. Isso ia nos levar para outro nível. Michael odiou a música.”

“Eu me preocupo com a minha banda,” ele adiciona. “Eu me preocupo pra caralho com eles. Vez ou outra, alguém vai ter a experiência de ter um coração partido de sentir-se deprimido, sentir-se louco e querer festar todos os dias. Eu quero que eles consigam passar por isso e melhorar. Nós temos que fazer isso dar certo. ”

De longe, está dando certo. Hoje, a banda está jogada em um só, usando chapeis engraçados e respondendo perguntas para o programa de véspera de ano novo do Ryan Seacrest, New Year’s Rockin’ Eve. Uma repórter loira em um vestido de espartilho pergunta a banda qual lição eles aprenderam esse ano. “Olhar por onde você anda,” diz Irwin. “E olhar onde o Michael está indo.”

Clifford está lento e um pouco irritado, ele esteve fora até tarde festando com o baterista do Twenty One Pilots, Josh Dun. Clifford toca os singles conhecidos da banda como “Hey Everybody!” e “She’s Kinda Hot,” mas depois disso, com o público ainda gritando, ele sai do palco e corre para o camarim. “Está tudo bem com você?” pergunta alguém da equipe da banda, colocando os braços ao redor dele.
Os amigos de banda param para um breve photoshoot, fazendo suas melhores caras de punk – Hemmings coloca sua língua pra fora, Irwin faz uma careta, Hood coloca uma arminha de confete em sua virilha e atira. Clifford aperta os olhos e levanta as sobrancelhas. Mas ele parece infeliz.

Mas o humor de Clifford melhora mais tarde no camarim quando Irwin o presenteia com o presente da banda para seu aniversário, cujo qual Irwin estava planejando por meses: duas guitarras pretas feitas sob medida da Gibson Les Paul Junior. “PUTA MERDA!” diz Clifford, abrindo a primeira caixa, colocando a sua mão sobre seu rosto. Quando ele vê a segunda guitarra, ele grita: “Esse é o melhor dia da minha vida! Ai, meu deus! Puta que pariu! Isso é literalmente a última coisa que eu poderia esperar!” Ele dá um abraço muito forte em Irwin.

Para o ano novo, a banda planeja passer em lugares separados: Hemmings e Clifford estarão dividindo uma casa, e Hood e Irwin outra. “Eventualmente, nós vamos chegar em uma fase que não vamos conseguir ficar o tempo todo junto por 24/7 (24 horas por dia, 7 dias na semana),” diz Clifford.

Mas eles parecem perceber que ser uma banda é o que os diferencia de quase todos que estão no nível deles, e eles querem se agarrar a isso. Eles sentem pena dos pop stars solos que são incentivados por ajudantes pagos durante as premiações. “Ninguém é amigo de ninguém,” diz Irwin. Apesar de todas as tensões, eles vão passar as férias juntos na Indonésia durante a pausa. “Você precisa trabalhar  no relacionamento da banda, assim como em um relacionamento amoroso,” diz Irwin.

O momento preferido de Clifford ano passado não aconteceu no palco, ou quando eles estavam sendo perseguidos, ou quando eles foram numero um. Foi em Milão, quando a banda pediu por cinco minutos sozinhos durante uma pausa da turnê, longe da comitiva. Isso foi até Hood começar a escalar a janela, saindo para o estacionamento. E os outros seguiram.

“Nós estávamos tipo, ‘Puta merda, essa vai ser a melhor pegadinha de todas,” diz Clifford. “Nós fechamos a janela, escondemos no estacionamento e observamos nossos managers irem até o quarto.”

“Eles abriram a porta tipo, ‘Para onde esses caras foram?’” ele continua. “Eles foram no banheiro, o ônibus inteiro. Eles começaram a surtar. ‘Puta merda, eles desapareceram.’”

“Nós poderíamos ter corrido,” diz Clifford, sorrindo. “Poderíamos ter corrido para bem longe.”

TRADUÇÃO: Equipe 5SOS Brasil | Agradecimento especial a Vinícius Oliveira


NOTA DO 5SOS BRASIL:

A banda até o momento não se manifestou de forma oficial sobre as declarações ditas na entrevista, porém, no Twitter a Arzaylea (citada na entrevista como namorada do Luke) afirma que o artigo foi totalmente distorcido.

Michael também se pronunciou na rede social: “Eu odeio quando as pessoas colocam tudo em um artigo MENOS a razão pela qual nós somos uma banda: os fãs”. Luke publicou um tweet mas apagou logo em seguida, nele ele dizia: “Que tal nós falarmos sobre música e os fãs? A única razão pela qual uma banda é uma banda”. Andrew Hemmings, pai de Luke, postou no Twitter: “O Luke jamais falaria desse jeito [de uma mulher]. Nunca. Não existe drama se você realmente o conhece.”

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5SOS é uma boyband adolescente ou pop punks festeiros? Ou ambos?

O sol da Califórnia está baixo no céu em Bel Air, mas na casa do 5 Seconds of Summer, o dia está para começar. Tem manchas de vinho no chão , perto da piscina, com alguns Chateau de Fleurs e uma mansão no valor de 100 milhões de dólares, com o oceano pacifico de vista. Uma lareira rodeada de garrafas de cervejas vazias. ”Eles vão acordar a qualquer momento”, fala a assistente britânica da banda, Zoe, que lê um livro e espera. Ela tenta mandar mensagem pra banda pra ajudar, mas ninguém responde.

Luke Hemmings, o vocalista da banda, desce até a cozinha, de barba por fazer, vestindo só uma camisa e uma boxer preta apertada. O cabelo —  que inspira vários cabeleireiros no YouTube diariamente — Está bagunçado. Ele passa um pouco de abacate numa torrada. ”Desculpa por estar só de cuecas”, ele diz, ”Estou de ressaca.” Ele volta pro quarto.

Por volta das 17h o dia realmente começa. Hood, o baixista da banda — Que tem 19 anos, más ainda parece ser o jogador de futebol do ensino médio que ele era há alguns anos — vem pra fora com um copo de coca, suas unhas pingadas de preto, usando um boné da Billabong. “Deixa eu por um pouco de Bourbon nisso”, ele diz, voltando pra cozinha. O guitarrista Michael Clifford está andando pela casa, e Calum o observa. ”Ele ainda está animado,”  comenta Calum, acendendo um Camel. Eventualmente Clifford reaparece, usando uma camisa desabotoada, pálido, mas parecendo mais acordado que o esperado. ”Eu tô vivo pra caralh*!”, ele diz. ”Desculpa, eu estava literalmente mordendo mais cedo.”

Na noite passada, a banda se apresentou no American Music Awards. ”Um monte de gente falsa, o que é um saco,” Clifford diz. Hemmings reclama, ”É só que, tipo, Viners e personalidades da internet, esse tipo de gente. Me irrita pra caralh*! Por quê vocês estão aqui?”

Depois do show, Clifford e Hemmings foram à festa do amigo Nick Jonas, e em seguida entraram de penetras na festa dada por Justin Bieber no Nice Guy bar, o favorito deles. Eles não falaram com Bieber — ”Eu acho que ele nos odeia” diz Clifford — mas eles se divertiram. ”Foi louco pra caralh*, pessoas em cima de mesas e coisa do tipo,” ele continua. ”Eu provavelmente não devia dizer isso, mas ele tocou seu próprio álbum repetidas vezes, por tipo, duas ou três horas.” Clifford encerrou o dia em Beverly Hills, na festa do The Weeknd, a qual foi tão exclusiva que a área da piscina tinha o seu próprio bouncer. O baterista Ashton Irwin — O mais velho, e possivelmente o mais responsável da banda — esteve lá mais cedo, mas saiu rapidamente após ser empurrado contra a parede, enquanto Diddy e sua equipe empurraram seu caminho porta a dentro.

Bem-vindo à vida de 5 Seconds of Summer, discutivelmente a banda mais quente do mundo. Há poucos anos atrás, eles eram colegas de classe nos subúrbios de Sydney, postando covers de Justin Bieber e Bruno Mars no YouTube. Depois da 5SOS se conectar, e dar uma “punkzada” no visual, a One Direction os levou numa tour em arenas de 63 datas em 2013; Eles são agora a primeira banda na história a ter seus primeiros dois álbuns debutando em #1. A jornada épica de quatro anos foi imortalizado em How Did We End Up Here, um novo documentário que mostra o avanço de 5SOS (pronunciado ”FIVE-Sauce” por fãs) de streams na internet ao Wembley.

A esse ponto, a fama deles já ofuscou a dos seus ídolos pop-punk Good Charlotte e Sum 41, mas 5SOS possui um tipo de fama totalmente diferente. Eles são retwittados em super-velocidade por suas fã-girls adolescentes (mais de 13,000 por minuto); eles estão no topo dos charts “mais-rebloggados” no Tumblr; eles são conteúdo de fan fiction, algumas envolvendo bondage (ato sexual utilizando cordas) e cross-dressing (travestir-se do gênero oposto). ”Eu não leio essa m*rda,” diz Hood. ”Me assusta.” Em Las Vegas, 60 fãs foram flagrados rastejando entre os tubos de ventilação de uma arena, tentando entrar escondido no show da 5SOS. ”Os gritos são algo muito estressante, mas incrível” diz Irwin.

Janeiro passado, Capitol, gravadora da banda, pagou para que 5SOS se mudassem pra casa de Bel Air, com intuito de escrever o novo álbum da banda em três meses. ”Foi um sonho se realizando” Irwin diz. Mas a banda finalizou o álbum antes do que o esperado. ”Então a gente deu festas o tempo todo”, disse Hemmings. ”Nós demos algumas festas incríveis no começo do ano, e elas meio que só ficaram cada vez melhores. A última festa, teve o atendimento foi imenso.

Três noites atrás, Clifford deu uma festa em comemoração aos seus 20 anos. 5SOS pegou uma casa em Beverly Hills emprestada, mas foram expulsos por volta de 1h da manhã, então eles moveram todo mundo de volta pra cá. Quando chegaram, 20 pessoas já estavam esperando em frente à casa. Detalhes são embaçados, mas o resto da noite incluiu uma fogueira com Niall Horan da One Direction e uma partida de Rock Band às 6h da manhã. É também, muito provavelmente, doses de vodka, piscina, e uma pista de dança da New Found Glory na cozinha. Clifford orgulhosamente mostra um de seus presentes favoritos, dado por Josh Dun, baterista do duo Twenty One Pilots: uma “fleshlight”; um acessório em formato de lanterna com uma vagina de plástico acoplada em uma das pontas. (“O Masturbador Masculino n #1”, a embalagem dizia). “Você nunca usou uma dessas?” Clifford pergunta com um sorriso.

Ele se senta na cozinha, enquanto a cabeleireira da banda trabalha com spray em seu cabelo para a gravação de um vídeo essa noite, pro novo single da banda ”Jet Black Heart”. Todo mundo chama Clifford de membro mais pop-punk da banda — O Sid Vicious de 5SOS, se o Vicious tivesse aparecido fazendo covers de All Time Low e Ed Sheeran. Ele é tatuado, com alargadores, seu pulso direito coberto por pulseiras e braceletes pretos, em sua maioria dados a ele por admiradores. Hoje o seu cabelo está vermelho; fãs contam suas dezenas de diferentes cores de cabelo em charts online. Tons como ”fairyfloss”, ”roxo emo”, ”água-marinha”. ”Você já foi “gambá”, também” diz Kelsey, a estilista. ”Eu construí essa persona onde eu tenho que continuar pintando agora” Clifford diz, ”E sejamos sinceros, metade do pop-punk é só o cabelo”

5SOS estão saindo de um ano do que Hemmings chama de ”Promoção sem descanso”. ”Se eu tivesse que ser perguntado quem é a minha “celeb crush” mais uma vez…” Ele diz. (Pra você não ter que perguntar: É Mila Kunis.) Eles brincaram imitando sons animalescos na TV Sueca, e foram desafiados a descrever seu novo álbum usando apenas Emojis.

Mas tem uma questão que os incomoda particularmente: ”Vocês são uma boyband?” Eles foram chamados de boyband na noite passada, numa festa da indústria, quando Hemmings foi apresentado a um novo grupo. ”Eles disseram, ‘Nós estamos numa boyband também,’” ele diz. ”Eu fiquei tipo, ‘Eu to saindo agora.’”

”Setenta e cinco porcento das nossas vidas é provar que nós somos uma banda de verdade” Irwin diz. ”Nós estamos ficando bons nisso agora. Nós não queremos ser, tipo, só pra garotas. Nós queremos ser pra todo mundo. Essa é a maior missão que temos. Eu já consigo ver alguns fãs masculinos aparecendo, e eu acho isso legal. Se os Beatles e os Rolling Stones, e todos esses caras conseguiram, nós conseguiremos também.”

Tem muito trabalho a ser feito. A banda recentemente anunciou uma tour de arena que terá começo e em fevereiro e durará até ao menos o fim do ano. Depois de passar basicamente todos os dias dos últimos quatro anos juntos, tensões são evidentes. ”Algumas pessoas ficam um pouco nervosas e algumas pessoas dizem coisas que elas não falariam normalmente,” diz Hood. Clifford — que sofre de depressão — parece estar passando por por maus bocados. Ele passou muito dos dias desse ano dentro de casa, jogando Call of Duty. Mas ultimamente ele tem festejado todas as noites.

”É tudo sobre achar coisas que te fazem feliz” diz Clifford. ”E pra mim, essa semana, essas coisas têm sido as festas.“

”Eu não acredito que estamos indo a um show do Good Charlotte essa noite!” diz Hemmings num restaurante lotado em West Hollywood. Do outro lado da mesa está sentado um dos produtores e co-escritores da 5SOS, John Feldmann, vocalista da Goldfinger, banda ska-punk da era da Warped Tour que emergiu no fim dos anos noventa. Um dos maiores sucessos de Feldmann veio em 1999, quando a música “Superman” da Goldfinger foi usada proeminentemente no vídeo game do pro skater Tony Hawk.

– CLIQUE AQUI PARA LER A CONTINUAÇÃO TRADUZIDA DA ENTREVISTA

Tradução: Equipe 5SOS Brasil | Agradecimento especial a Vinicius Oliveira

Fonte: Rolling Stone


NOTA DO 5SOS BRASIL:  

A banda até o momento não se manifestou de forma oficial sobre as declarações ditas na entrevista, porém, no Twitter a Arzaylea (citada na entrevista como namorada do Luke) afirma que o artigo foi totalmente distorcido.

Michael também se pronunciou na rede social: “Eu odeio quando as pessoas colocam tudo em um artigo MENOS a razão pela qual nós somos uma banda: os fãs”. Luke publicou um tweet mas apagou logo em seguida, nele ele dizia: “Que tal nós falarmos sobre música e os fãs? A única razão pela qual uma banda é uma banda”. Andrew Hemmings, pai de Luke, postou no Twitter: “O Luke jamais falaria desse jeito [de uma mulher]. Nunca. Não existe drama se você realmente o conhece.”

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Arquivado em: Entrevistas , revistas

Em 19 de agosto, depois de 10 dias de folga de mais de 80 dias em turnês em estádios, 5 Seconds of summer estavam tocando para mais de 20,000 pessoas em Auburn Hills, Mich, quando o guitarrista-vocalista Michael Clifford começou a murmurar no microfone. “Eu estava tentando consertar alguns problemas na minha saúde mental, eu vi um terapeuta na folga que tivemos.” Ele timidamente se interrompeu antes de começar a tocar uma outra música, mas vídeos de sua digressão imediatamente apareceram nas redes sociais. Logo a hashtag #WeLoveYouMichael se tornou trend worldwide. Dois dias depois, no Good Morning America, o rapaz de 19 anos foi perguntado sobre sua terapia em rede nacional.

“Eu não estava esperando aquela reação,” admitiu Michael mais de um mês depois. Ele é o mais sociável dos quatro membros do 5SOS, aquele que sempre está mudando a cor do cabelo. “Mas é legal. Às vezes, você só precisa colocar para fora.”

Este parece ser um tema do próximo album do 5SOS, Sounds Good Feels Good, que será lançado em 23 de outubro. Em seu primeiro single “She’s Kinda Hot”, um hino pop-punk de afirmação da vida co-escrita por Joel e Benji Madden, que ganhou Música do Verão no MTV Video Music Awards 2015, um determinado ponto o foco da atenção é o narrador psiquiatra. “She put me on meds (Ela me passou uns remédios)/ She won’t get out of my head, (ela não vai sair da minha cabeça)” canta o baixista-vocalista Calum Hood,19. “She’s kinda hot though, (ela é gostosa, apesar disso,).” Pelo refrão, o fascínio inquieto se torna um manifesto para as crianças tristes: “We are the kings and the queens of the new broken scene, (Nós somos os reis e rainhas da nova geração,) declara a banda. (We’re alright, though, (Estamos bem apesar disso).”

5SOS é uma anomalia em 2015: Uma banda de guitarra que vende discos da geração Z. Com quatro meninos australianos se moldando como ‘nostágicos alternativos dos anos 90, seu álbum auto entitulado chegou ao Nº 1 na Billboard 200, movimentando 259,000 cópias na primeira semana e marcando a maior lançamento de estreia de um grupo desde Daughtry em 2006. Agora, em um ano onde EDM apresenta salvação pós- estrela teen e o rock reinando com o sucesso “Shut Up and Dance” do Walk the Moon, o Sounds Good Feels Good parece ainda mais anacrônico que o primeiro álbum: Aqui vai quatro bebês punks em calças skinny pretas lamentando sobre psicoterapia e tentando acender um movimento jovem.

“Olhe pro top 40 das rádios,” diz o baterista Ashton Irwin, que é o mais velho e o mais falante da banda. “Ninguém está escrevendo música que destaque o que todo mundo tem medo de falar sobre – que é todo mundo estar doente e depressivo nos dias de hoje.” Irwin uma vez desenhou uma borboleta no pulso de uma fã para que ela parasse de se automutilar. “Pessoas da nossa idade, nós todos nos sentimos uns merdas,” ele continua. “Nós acordamos e olhamos para nossos telefones e têm milhares de opiniões em quem somos – ou o que somos. É destrutivo.”

É inicio de setembro e Irwin está nos bastidores do Nikon Jones Beach Theater com capacidade para 15,000 pessoas em Wantagh, Nova Iorque, onde 5SOS logo irá apresentar seu segundo show com bilheteria esgotada. Sua namorada, a modelo de 22 anos, Bryana Holly, senta perto, quase de rosto colado com ele em uma mesa ao ar livre, dividindo um prato. Hood está separado, em uma mesa pequena, fumando um cigarro e admirando a água. O guitarrista, Luke Hemmings, de 19 anos, que está nervoso e doce fora do palco, ocasionalmente põe a cabeça para fora do camarim da banda. Um sinal florescente na porta, onde se lê “Masmorra do sexo do 5 Seconds of Summer”. Clifford enquanto isso, está vagando pelo local sem sapatos.

Os fãs esperando nos assentos são quase exclusivamente jovens mulheres. Desde que 5SOS abriu os shows do One Direction em arenas – primeira vez em 2013, antes de assinar com uma gravadora ou um álbum, e de novo em 2014 – os quatro amigos de escola se tornaram ídolos adolescentes, ofegantemente em capas de revistas de celebridades e com destaque no Teen Choice Awards e Kid’s Choice Awards 2015. A conexão com 1D foi tão benéfica que se tornou uma parceria formal. Agora, 1D possui uma participação financeira no 5SOS, e os dois artistas dividem a equipe de gerenciamento baseada no Reino Unido, Modest.

Mas essa aliança, injustamente, rotula 5SOS como outra boyband, uma vestindo Hot Topic da cabeça aos pés. Eles são extremamente comercializáveis – bonitos, crianças facilmente carismáticas com camisetas rasgadas e cabelos bagunçados, das quais a mera aparência no palco faz as meninas chorarem – mas os membros também escrevem suas próprias músicas ( com estrelas da música como colaboradores) e tocam seus próprios instrumentos.

“Eles são 100%, absolutamente uma banda de verdade,” diz o guitarrista do Good Charlotte, Benji Madden, que co-escreveu quatro músicas no Sounds Good Feels Good e o 16º hit da Billboard Hot 100, “Amnesia” do álbum de estreia do 5SOS. “Eles estão entre as melhores bandas jovens que eu já vi”.

One Direction foi formado em um reality show e 5 Seconds of Summer na escola, mas têm algumas similaridades. Ambas as bandas cantam sobre garotas. Nenhum das duas têm um vocalista oficial. Ambas representam a si mesmas como parcerias artísticas igualitárias, embora o twitter mantenha uma contagem do favorito (25.6 milhões de seguidores para Harry Styles do 1D; 6.41 milhões para Hemmings do 5SOS). Ambas as bandas inspiraram músicas de famosas ex (“Style” de Taylor Swift é sobre Harry Styles e “You Suck” de Abigail Breslin é direcionada a Michael Clifford) e fizeram péssimas escolhas com nudes vazados. (Depois de Hood enviar um nude no snapchat, a menina postou no Vine, ele twittou, “Eu continuo sendo apenas um adolescente aprendendo com meus erros.”).

Ambas as bandas terão lançamentos nesse outono, e ambas estão em uma encruzilhada. One Direction quer liberdade e 5 Seconds of Summer quer autenticidade. Tão bem sucedidos quanto foi o ultimo álbum – Nielsen Music registra o total de 734 mil albuns vendidos – ainda há uma sensação que, como Irwin coloca, “as pessoas ficam um pouco confusa com o que isso realmente é.” Com Sounds Good Feels Good, 5SOS gostaria de resolver “isso” de uma vez por todas: isso é uma verdadeira banda de rock. Isso não é só como 5SOS identifica, também é um negócio inteligente. Ídolos adolescentes geralmente tem uma validade de quatro anos (tempo da geração no ensino médio) e acaba quando seu público tem idade o suficiente para votar. A fim de alcançar o tipo de carreira multi-album que o grupo está prevendo, 5SOS terá que transcender sua inconstante fundação na geração Z e convencer um público mais amplo que quatro caras com guitarras altas e sentimentos importam em 2015.

“Eles são caras realmente legais e são bons músicos,” fiz o guitarrista do Fall Out Boy, Joe Trohman. “Eu estou torcendo por eles.”

5 Seconds of Summer se propôs a ser pop-punk, mas traiu um reflexo teen-pop. Riffs de guitarra entusiasmados deram lugar a hamonias vocais doces. As letras das músicas esboçando um universo menor de idade, friendzones, identidades falsas, metáforas amorosas (menino encontra menina, menino perde menina, menino admira menina vestindo cueca American Apparel.) Em Sounds Good Feels Good, as guitarras trovejam mais e os vocais são mais nasalados e chorosos. “Eles eram adolescentes e são homens ahora – eles cresceram diante de nossos olhos”, diz a CEO/presidente da Capitol Records, Steve Barnett. “Eles têm tido sucesso o suficiente para fazer o álbum do jeito que eles querem.”

Os membros da banda já demonstraram uma capacidade de resistência distintivamente punk. Em 13 de junho, o segundo de três noites de bilheteria esgotadas na Wembley Arena em Londres, o cabelo de Clifford pegou foto quando ele pisou na frente da pirotecnia no palco. Ele sofreu queimaduras de primeiro grau e quase perdeu a visão do olho esquerdo, mas retornou ao palco na noite seguinte. Perz Hilton, cujo site de fofocas acompanha o 5SOS de perto, rugiu: “agora, isso é rock’n roll!”

5SOS vêm de Hawkesbury, subúrbio de Sydney. “Nossa cultura é do tipo classe trabalhadora, tipo violenta para c**alho”, diz Irwin. “Você não tem dinheiro para nada, usa transporte público, você paga $5 em McDonalds. É apenas épico, suburbano deprimido.” O resto dos caras assentem silenciosamente concordando. “Eu acho que nunca dissem os verbalmente que queríamos fazer isso para sairmos da nossa pequena cidade de merda,” diz Clifford. “Mas era uma coisa que nós meio que sabíamos, e é por isso que continuamos nisso”.

Como um adolescente, Clifford era um nerd de computador, mais ligado em Guitar Hero do que em guitarras de verdade. Hood era ligado em esportes até que ouviu American Idiot, do Green Day. Criado por mãe solteira, Irwin viu Green Day como uma fuga e o vocalista Billie Joe Armstrong como um exemplo: “Em casa, às vezes era um lugar realmente horrível”. O primeiro show de Hemmings foi do Good Charlotte. “Nós não podíamos realmente pagar por ingressos de shows,” ele disse, explicando que seu pai gostava da banda, então eles juntaram o dinheiro. “Eu lembro de olhar para o palco e dizer ‘eu quero fazer isso.’ Mas não era realmente uma opção.” 5SOS depois tocou nessa mesma arena.

“Não é parte do nosso mundo na Australia montar uma banda – você é um encanador, um pedreiro, você corta a grama,” explica Irwin. Mas lendas locais como INXS, Silverchair e AC/DC eram parte de seu mundo. “Tem aquela agressão crua e amor por uma grande e distorcida guitarra que já existe em nossa cultura,” ele acrescenta. “Mas nós também amávamos as melodias punk californianas.” Green Day, Blink-182 e All Time Low eram a santíssima trindade do 5SOS.

Irwin foi o ultimo a se juntar à banda, mas o primeiro a ter uma visão clara para o projeto. Além de ser um baterista, ele era um tipo de empresário, treinador motivacional, babá, controlador de tráfego e domador de filhote de leão. “Eu sentia como se tivesse um chicote”, lembra ele. “Eu ficava tipo, ‘Vocês tem que vir para os ensaios porque o som está uma merda! ‘Onde está o Calum?’ ‘Michael, sai do computador!’ ‘Luke, como assim sua mãe quer te buscar agora?!” Os outros absorveram seu foco e seguiram.

“Para esgotar ingressos nessas arenas e tocar nesse nível, você tem que ter um trabalho ético insano – caso contrário, não dura,” aponta o vocalista do Good Charlotte Joel Madden, que co-escreveu “She’s Kinda Hot” com seu irmão Benji. “A maioria das bandas quer fumar maconha e jogar vídeo games, eles não.

Os caras do 5SOS se arrepiaram com a sugestão que sua ascensão foi especialmente rápida. Em dezembro de 2011, 5SOS fez seu primeiro show em um pub de Sydney chamado The Annandale Hotel para 12 pessoas. Cerca de um ano depois, o grupo estava na turnê do One Direction, tudo sem nem um álbum ou contato de gravação.

5SOS estavam animados para abrir para 1D – muitas das crianças na multidão nunca tinham visto uma banda de rock. Mas o sentimento não foi sempre recíproco. “Nos dois primeiros shows, as pessoas estavam tipo “que p*rra é essa, guitarras?’” relembra Irwin. Nas redes sociais foi ainda pior, Clifford lembra. “Tinha uma porrada de pessoas tipo, ‘F*da-se essa banda, esses caras são uns feios, desprezíveis de merda. O que eles estão fazendo em turnê com One Direction, meus bebês perfeitos?’”.

“Eles tinham talvez três músicas, e eu não tinha idéia do que fazer com isso”, lembra o vocalista do All Time Low, Alex Gaskarth, de 27 anos, que tinha sido convidado para participar de uma sessão para co-escrever o álbum de estreia do 5SOS, embora ele nunca tinha ouvido falar da banda. “Eu chego lá e têm 50 crianças esperando do lado de fora da casa e eu fico meio, ‘Oh, que louco, Como é que as pessoas descobriram que estou aqui?’ Então, eu saí do carro e talvez duas pessoas das pessoas esperando ficaram “Oh, oi, é o Alex.’ Os caras do 5SOS estavam dentro do lugar e eu fiquei ‘Espera, essas 50 pessoas do lado de fora estão aqui por vocês?’ e eles ‘Eu acho que sim’. Eles estavam super confusos e eram super humildes e eu fiquei meio ‘Quem são esses punks?’”.

“Eles tinham talvez três canções, e eu não tinha idéia do que fazer com ele”, lembra All Time Low vocalista Alex Gaskarth, 27 anos, que tinha sido convidado para participar de uma sessão de co-escrever para 5SOS ‘álbum de estréia, embora ele nunca tinha ouvido falar da banda. “Eu chegar lá e há 50 crianças à espera fora da casa e eu sou como, ‘Oh, doente, como é que as pessoas descobrem que estou aqui?” Então eu saí do carro e talvez duas das pessoas que aguardam eram como , ‘Oh, hey, é Alex. “No interior, as [5SOS] caras estão lá e eu sou como,’ Espere -? são as 50 pessoas do lado de fora para você ”. acho que sim” Eles eram como, Eles foram Super confuso e humilde. Eu era como, ‘Quem são esses punks?'”

O 5 Seconds of Summer foi montado em partes, em sua maioria enquanto estavam na estrada. Mas a banda queria fazer o Sounds Good Feels Good “devidamente, como o Green Day,” diz Clifford. “A gravadora estava tipo ‘Ei, vai e faz um álbum de verdade, porque é disso que vocês vivem falando!’” brinca Irwin. Gaskarth e os irmãos Madden co-escreveram algumas faixas de novo, dessa vez colaborando pela primeira vez com Deryck Whibley, do Sum 52. Mas na maior parte foi os quatro membros da banda vivendo juntos em uma casa em Malibu por três meses e indo para o estúdio com o produtor John Feldmann todos os dias. “Eu amo ele,” diz Irwin sobre o produto finalizado. “Às vezes, nós entramos no ônibus, tomamos uma cerveja e escutamos o album inteiro juntos,” acrescenta Clifford. É mais alto, com uma forte influência de rock alternativo (como o novo hino alternativo “Jet Black Heart”), harmonias em camadas e da Orquestra Sinfônica de Londres.

É também um um manifesto da “new broken scene”, inclusive um reconhecimento de que 5SOS também está sofrendo. “Os fãs sentem como se nos conhecessem, porque eles conhecem,” diz Irwin. “Nós estamos aqui juntos em 2015 e enfrentando os mesmos problemas.”.

“Eu realmente, de verdade, acredito que a história dessa banda pode ser diferente de qualquer outra,” diz Benji Madden. “Nós só estamos todos meio que assistindo.”

Esse artigo apareceu originalmente na edição de 3 de Outubro da Billboard.

Fonte: Billboard
Tradução/Adaptação: Equipe 5SOS Brasil

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Arquivado em: Entrevistas , Notícias

No ensaio para o Kids’ Choice Awards da Nickelodeon no The Forum no sábado à noite (28 de Março), o famoso local de Los Angeles não era estranho para a banda de rock australiana 5 Seconds of Summer, enquanto a atração se prepara para lançar o segundo álbum de estúdio e embarcar numa turnê internacional como atração principal.

A apresentação da 5 Seconds of Summer com o cover assinatura de “What I Like About You” será sem dúvida a mais empolgada da casa, que inclui Nick Jonas, Iggy Azalea e Meghan Trainor.

Mas o Forum é também onde os colegas Calum Hood, Ashton Irwin, Luke Hemmings e Michael Clifford fizeram show como principais no último outono – a primeira vez que comandaram um show inteiro num palco deste tamanho

Parando para pensar, um show numa arena foi uma experiência incrível“, diz Irwin “Quando tocamos no Forum em Novembro, isso nos inspirou. Pensar que estamos tocando em lugares com o mesmo porte esta turnê toda é insano. Um sonho virando realidade.

O sonho vem se ampliando com o tempo. O autointitulado primeiro álbum da banda estreiou em n°1 na Billboard 200 no último verão, e o geupo continuou a construir seu fanático fandom com principalmente jovens meninas ao abrir 66 datas da turnê WWTA do One Direction ano passado, a segunda vez na estrada com o grupo.

O principal para nós é que os fãs se divirtam e queiram voltar [a nos assistir] por anos”, diz Irwin “Então damos tudo o que temos, toda energia e todos deixamos o palco tendo dado o máximo.”

Sobre a decisão de Zayn Malik deixar o One Direction, Clifford diz: “Acho que foi uma decisão pessoal para Zayn. Não acho que ele tivesse alguma coisa contra a banda, eu acho que ele precisava tomar uma decisão sozinho. Desejo a ele tudo de bom.”

“Vocês vão escutar a voz dele de novo, com certeza”, Irwin acrescenta “O cara tem uma voz incrível e deu uma dinâmica fantástica para a banda, então estou empolgado para escutá-lo novamente um dia, espero que em breve.”

Deixando de lado a preparação da turnê, 5 Seconds of Summer também está canalizando energia no novo álbum. Clifford diz que o projeto está próximo de se completar embora não esteja claro quando será lançado.

“Escrevemos a maior parte dele e estamos gravando agora. Vamos lançá-lo quando for certo, seja durante a turnê ou no final dela”, ele diz “Músicas novas definitivamente sairão este ano.”

Fãs que adoram o hit “Amnesia” ficarão felizes em saber que Joel e Benji Madden tiveram um papel co-escrevendo o álbum com a banda e o produtor John Feldman. Os gêmeos do Good Charlotte escreveram “Amnesia” e passaram para a 5 Seconds of Summer, e o interesse deles pela banda continua a crescer. 
Eles tiveram um papel fundamental no álbum desta vez, mais do que no último“, Hemmings diz “Foi muito divertido. Nós os admiramos muito e toda a trajetória como banda. É incrível que estejam nessa com a gente. Eles são ótimos caras.”
5 Seconds of Summer está olhando para frente, desenvolvendo atrações na narca Hi ir Hey distribuída pela Capitol Records.
Inicialmente nós começamos a gravadora para que os fãs tivessem controle do que fazemos. Uma banda é mais do que só música. É todo um ciclo criativo e você realmente tem que colocar sua marca em tudo o que faz“, Hood diz “E então estávamos: ‘e se a gente assinasse com bandas que curtirmos?“.
A primeira atração da marca, Hey Violet, quarteto que teve um curto contrato com Hollywood Records, lançou seu primeiro single “This is Why” no início da semana.
Tínhamos uma imagem do que queríamos que as bandas fossem, parecessem e se lutassem por, e quando os vimos tocar era exatamente o que queríamos. Nos apaixonamos por eles na hora. Foi uma decisão imediata.” Irwin diz.
Fonte: Billboard
Tradução/Adaptação: Equipe 5SOS Brasil
08
03
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Meninos punk, nudez e chocolate. O sonho.

5SOS teve o melhor momento de suas vidas no Japão semana passada, não é? Quando não estavam dançando pelo camarim de cueca, curtindo um tempo com Niall Horan da One Direction ou sendo Tumblr af, os rapazes embarcaram em um trem de promo e participaram de vários programas de TV japoneses.

Sim- Luke, Ashton, Michael e Calum foram à TV Groove para um papo sobre tudo, desde sua formação até a turnê com One Direction novamente. Oh, e isso também aconteceu:

Casual.

Basicamente a entrevista é bem longa e assistir à ela é bem mais interessante do que nos ler falar sobre, mas as coisas principais que podemos tirar são:

1- Mikey reconhece que ele pensou no nome da banda nu, comendo chocolate e assistindo Scrubs. Parece a realização do nosso sonho mais sujo.
2- Eles foram ao café de gatos e tentaram construir um fandom apenas com gatos. Legal.
3- Os ditos gatos tinham 1,80 de altura e falavam inglês. Inacreditável.
4- O cabelo do Ashton é tudo agora.

Dê uma olhada na última entrevista dos meninos abaixo.

Fonte: Sugarscape

Tradução/Adaptação: Equipe 5SOS Brasil

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Para nós pessoas normais, o dia do Natal é reservado para comer em quantidades gigantescas antes de entrar em estado de coma em frente à TV. Mas como alguns músicos que estão no topo passam o feriado?

Digital Spy perguntou as estrelas do Capital Jingle Bell Ball no inicio desse ano para descobrir como exatamente eles passam o dia de Natal.

5 Seconds of Summer

Ashton: “Primeiro de tudo, eu acordo…”

Luke: “Esperançosamente eu estarei de cuecas e fazendo nada porque estarei em casa.”

Calum:  “Isso é desagravadel”

Luke: “Todo mundo faz isso! Não sei, comer alguma comida?”

Ashton: “Eu fico irritado com meu irmão e minha irmã porque eles são tão animados para o Natal. Eu pareço o Grinch, eu me divirto… mas depois do meio-dia.”

Fonte: Digital SPY

Tradução/Adaptação: 5SOS Brasil





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