Antes de tocar bateria na insanamente popular banda de pop-rock, 5 Seconds Of Summer, Ashton Irwin tinha um trabalho diferente em sua cidade natal, Sydney, Austrália. “Eu trabalhava no KFC,” disse ele na noite de sábado, do palco do Forum, em Inglewood. “Eu poderia levar todos vocês pra casa e fazer frango pra vocês.”
A maioria das boybands parecem emergir totalmente formadas pela fundição de suas gravadoras, e a 5 Seconds Of Summer tem um pouco desse apelo clássico de grupos pop: harmonias firmes, boa química e fãs com quedas por cada membro da banda. Mas a 5 Seconds Of Summer mistura tudo isso com uma atitude meio punk-irritado, o que é familiar para qualquer adolescente que já trabalhou alguma vez na vida em um emprego em algum fast-food sujo. No show esgotado do quarteto no sábado (os dois primeiros no Forum), os membros da banda acrescentaram apenas o suficiente ao set deles enquanto continuavam apertando os botão de loucas-por-meninos de sua jovem platéia. O show acabou se tornando bem mais um verdadeiro show de rock do que a maioria das pessoas que estavam no Forum, provavelmente, esperavam.
A 5 Seconds Of Summer talvez nunca escape da sombra do One Direction. Como bandas de um mesmo sexo, que falam inglês, que tocam boas músicas, com um pop-rock alto-astral, a comparação é fácil, e a One Direction levou a 5SOS em sua turnê como banda de abertura. Mas a 5SOS acredita em ideias antigas de como formar uma boyband: Dê instrumentos para os membros, e arrumem eles como uma banda de verdade.
O som é como uma volta ao passado para o pop punk da Warped Tour do final dos anos 90, um gênero surpreendentemente durável que conta como o rock clássica para alguns pré-adolescentes. 5SOS mostram o estilo no Forum: o guitarrista, Michael Clifford, pintou seu cabelo de vermelho fluorescente, o cantor, Luke Hemmings, tinha um piercing no lábio, e todas as calças jeans pareciam ter o mesmo rasgo no joelho feito na mesma sessão de stylist. Quando a banda tocou o cover do single de 2004 do Green Day, “American Idiot,” estava no espírito de reconhecer uma influência musical (que provavelmente fez alguns pais que uma-vez-foram-legais, da platéia, se sentir com a idade dos meninos).
Punk tem sido pré-fabricado desde que Malcolm McLaren inventou o Sex Pistols, e não é um sacrilégio para uma boyband agir um pouco punk, como o 5SOS fez em seu LP auto-intitulado de estréio esse ano. Mas a linha entre a diversão em ruínas e a execução respeitável é travessa. A primeira meia hora do set deles, a banda parecia estar tendo alguns problemas sérios com os monitores no palco. As harmonias empilhadas e os refrões enérgicos de “End Up Here” e “Voodoo Doll” pareciam chiar um pouco e estavam meio incertos.
Não que importasse para as fãs berrando tendo a primeira prova de uma banda sendo safada e espontânea. Em um intervalo do set, 5SOS trouxe seu produtor, o pai descolado emérito do pop-punk, John Feldmann, para tocar bateria em uma música de metal-core sujo que sou como algo que a banda tocaria no Smell.
De qualquer forma, todos os membros da banda tem entre 18 e 20 anos, a idade que se apega mais ao talento, e os gostos ficam um pouco mais aventureiros. Talvez eles estejam apenas a um passo de um cd do Buzzcocks de se tornar algo.
Mas eles ficaram ainda melhores quando eles largaram todo o estilo punk e tocaram como uma banda pop normal. “Beside You” e “Amnesia” foram baladas ganhadoras que não maracaram inteiramente, mas tem o que é necessário para uma longa, e mais fixa, carreira. Irwin é um percussionista talentoso, e Clifford tem uma aparência doce e atordoada quando ele canta as partes principais. Ele deveria fazer isso mais vezes.
5SOS está num caminho distante do KFC de Sydney, e não é necessário frisar naquela coisa de rebelde-porém-fofo garoto-punk para separar eles mesmos de seus concorrentes. Apenas escrevam e toquem boas músicas, e o fritar coisas quando volta pra casa irá seguir.
Fonte: Los Angeles Times
Tradução/Adaptação: 5SOS Brasil