12.01.16
Rolling Stone: 21 coisas que você aprende passando um tempo com o 5 Seconds of Summer
Postado por Fernanda Lima
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Da adoração ao Green Day à como lidar com os haters, uma olhada em como é ser parte da banda mais quente do mundo

Para nossa matéria da capa do 5 Seconds of Summer, os galãs de Sydney na Austrália receberam a Rolling Stone para passar um tempo com eles ao longo de uma semana em Los Angeles – na casa da banda, em várias paradas promocionais, como o Late Late Show With James Corden e pela cidade em shows de seus amigos Halsey e Good Charlotte. Aqui estão alguns tópicos da semana com o 5SOS.

Green Day é “o máximo”

Enquanto maior parte da banda não era sequer nascida quando Dookie foi lançado, Green Day é tudo que o 5SOS aspira ser: uma banda de estádios com raízes punk. O baterista Ashton Irwin conta o álbum ao vivo/DVD Bullet in a Bible, de 2005 do Green Day como seu ponto de entrada. (“Vendo o Billie Joe na frente de 60,000 pessoas – é isso que eu quero fazer,” diz Irwin.) Os outros membros apontam American Idiot como sua maior influência. “Eu estava tipo, ‘Como eles escreveram ‘Jesus of Suburbia’?” diz o baixista Calum Hood. “Como eles colocaram todas essas coisas juntas e fizeram fluir mesmo que tenha tipo 10 partes diferentes e elas são todas dramaticamente diferentes e dinâmicas em como soam? Isso realmente me intrigou.” A meta final? “Green Day foi posto em uma posição em que eles podem ser um musical da Broadway,” diz Hood. “Isso é algo em que nós amaríamos ter nossas mãos, não só fazer álbuns. Fazer esse tipo de coisa é incrível.”

Como Billie Joe, eles não gostam de serem chamados de “pop-punk”

Billie Joe Armstrong, do Green Day recentemente twittou, “minha missão para 2016? Destruir a frase ‘pop-punk’ para sempre.” Parece que 5SOS está na mesma página. “É tão isolante como ser chamado de boyband, sabe, ser [chamado] de banda pop-punk,” diz Hood. “Eu não tenho que fazer apenas um tipo de música. Eu realmente quero evoluir como banda com o nosso som. Bandas como U2 tem músicas que são quase de gêneros completamente diferentes, e é isso que eu amo.”

Eles tem grandes ideias para sua próxima turnê mundial

A Sounds Live Feels Live tour irá levá-los ao redor do mundo até quase 2017, com locais como o Madison Square Garden. A banda está pensando em como fazer músicas como “Jet Black Heart” ao vivo no palco. “Eu amo o sentimento,” diz Irwin do ultimo single do grupo. “É incrível, é grande para mim. Sinto como se fosse uma música de arena. Estou animado para tocar. Eu estive tentando imaginar como vai ser a próxima [turnê]. Eu escuto de maneira diferente do que nós temos feito até agora.”

Irwin espera que a turnê seja maior e melhor que a ultima tour, que ele diz, “pareceu mais como uma coisa básica de banda.” “Você vai lá e toca algumas músicas, então você vai lá e faz um bis. Eu quero fazer algo mais legal,” ele explica. “Talvez começar com ‘Carry On’ e terminar com ‘Carry On’, e então talvez tentar algumas coisas diferentes, pegar inspirações do Queen e usar um pouco de piano. Eu só quero fazer mais legal e fazer isso desafiador. Eu fiquei entediado do show ano passado. Depois de 70 vezes, eu fiquei tipo, ‘Ah…’ Eu amei os shows, amei os fãs que estavam lá e a energia do show, mas não foi realmente desafiador.”

Próxima parada? Estádios, esperançosamente

“Nós realmente queremos chegar aos estádios, cara,” diz Irwin. “Nós sonhamos em chagar nas arenas e de algum jeito, conseguimos. Nós queremos ser banda das pessoas, tipo todos: ‘Sim, vamos ao show do 5SOS.’ Como todos iriam a shows do AC/DC ou Foo Fighters. Uma banda das pessoas.”

Eles amam Por trás da Música

O líder Luke Hemmings tem assistido a vários dos antigos programas da VH1 ultimamente – Guns N’ Roses, Def Leppard e Poison são seus episódios favoritos. (A fala do guitarrista do Poison, C.C. Deville “Era uma casa de putas, e então se tornou a casa de horrores,” é uma piada subsequente na banda.) “Você basicamente aprende como não fazer uma banda,” diz Hemmings. Ele tirou algumas lições do programa. “Bandas são realmente grandes para várias mesmas razões, tipo nos anos 70, 80 até os anos 2000, que é onde estamos. São todas razões similares porque são grandes. Eu olho o porque eles são grandes e porque eles meio que foderam tudo e porque não são mais uma banda. Algumas bandas conseguem, tipo, o segundo álbum, o terceiro álbum e ponto eles meio que fodem tudo.

O guitarrista Michael Clifford tocou violão na banda da igreja

Hemmings, Clifford e Hood frequentaram a mesma escola particular cristã, e Clifford aprendeu suas habilidades com a guitarra na banda da igreja. “Tinha uma pequena cena musical legal,” diz Clifford. “Uma semana eu estava tocando guitarra principal, na outra semana acústica e material vocal.” Hoje em dia, Clifford diz que os membros da banda não falam muito sobre religião. “Nós ainda somos tão jovens que eu não acho que seja algo que eu esteja realmente pensando sobre ainda,” ele diz. “Eu acho que é um pouco estranho, porque nós realmente nunca falamos sobre isso antes. Nós falamos tanto sobre pintos, anus e anal que nós realmente não gostamos de falar sobre coisas tão profundas.”

Clifford preferiria falar com os fãs do que tirar selfies com eles

Fãs constantemente pedem por selfies ao grupo, mas ultimamente os membros da banda ficaram confortáveis para dizer a eles se eles estão em um dia ruim e não estão no clima. “Geralmente é tipo, tira uma foto primeiro e depois assina,” diz Clifford. “Eu posso entender o porquê, mas eu queria que a dinâmica fosse que você pudesse sair e falar com os fãs. É tão interessante se você pode sentar por só cinco minutos e ter uma conversa. Seria tão doce.”

Eles não se encaixavam na cena de rock australiana

“Eles odiavam a gente,” diz Hemmings de algumas bandas experientes com que eles tocaram na cena de rock de Sydney no começo. “Não é pra parecer um babaca, mas aquelas bandas eram uma merda”, diz Hemmings. “Eles só queriam fazer a mesma merda de novo e de novo: pop-punk de merda. Eles estavam tocando muito tempo, todo mundo fazendo a mesma coisa: mesma letra merda, os mesmos riffs de guitarra de merda. Na minha opinião, não importa o quanto você diga ‘Nós estamos fazendo isso por anos’, você é só uma banda de merda. Olhando para aquilo agora, eu queria saber disso. Eu queria ter dito isso.”

Eles estão acostumados com pessoas querendo “cortá-los”

A banda encontrou jornalistas que disseram a eles que eles não eram uma banda muito boa ou espetacular, que sua formação foi orquestrada. “As pessoas pensaram que nós estávamos inventados a coisa do ‘Nós nos conhecemos na escola,’” diz Hemmings. “Essa foi metade da razão pela qual nos chamavam de boyband. Nós realmente não ligamos mais, porque foda-se aqueles caras – nós nos conhecemos na escola. Nós todos somos de famílias humildes e nós nos juntamos da maneira mais naturalmente do que a maioria das bandas se juntam. Nessa indústria, as pessoas querem nos cortar.”

Irwin acrescenta, “As pessoas dizem que nossa fama foi dada e coisas assim. Se nós tivéssemos ido lá e fossemos uma merda, nós não estaríamos aqui. Se nós fossemos péssimos, nós não estaríamos aqui. É apenas sobre a oportunidade que você tem na industria musical e você tem que ser valente e apostar nisso.”

Turnê com One Direction fez eles quererem entrar em forma

“As pessoas pensam que nós somos adolescentes comedores de pizza, cara.” Diz Irwin. “Nós somos realmente autoconscientes sobre nossa aparência. Nós nos exercitamos muito e comemos bem. As pessoas estão olhando para você e você quer ter uma boa aparência. Você também quer ser confiante em você mesmo. É preciso muito para se posicionar na frente das pessoas em grande parte do tempo.”

Essa autodisciplina vem da turnê com One Direction. “Nós estávamos em turnê com eles e eles malhavam muito. Porra, eu quero ter uma boa aparência.”

Seu primeiro show com One Direction teve um contratempo

Depois de apenas 23 shows sozinhos, 5SOS deu início a abertura dos shoes da turnê do One Direction com sete shows na O2 Arena em Londres. “Eu estava tão nervoso, cara. Mas nós dissemos aqui está a chance de sermos estrelas do rock, então vamos agarrá-la pelas bolas.” Disse Irwin. Mas Clifford surpreendeu todo mundo aquela noite do show quando apareceu em uma roupa selvagem. “O primeiro show que tocamos com o One Direction, ele apareceu com sua roupa e, meu Deus,” diz o manager Adam Wilkinson. “Ele usava uma touca e esses colares e roupas escuras. Ele queria ser um gótico. Ele sempre teve algumas ideias bem loucas em relação a estilo.” Teve até uma reunião depois do show sobre a roupa. “Sempre foi um questão sensível,” diz Wilkinson.

O baixista Calum Hood entrou em uma briga com os pais depois de entrar para a banda

Um momento crucial na carreira da banda foi quando eles deixaram a escola na Austrália para morar em Londres para ensaiar para a turnê do One Direction. Não foi fácil. O baixista Calum Hood teve que desistir de um futuro promissor no futebol depois de treinar no Brasil. “Eu lembro que num período de um mês onde meus pais pensaram que eu estava fazendo a pior decisão da minha vida,” ele diz. “Minha mãe jogou todas as minhas roupas pra fora do closet e eu fiquei tipo ‘foda-se’ e fui embora e fiquei em outro lugar por alguns dias, apenas meio ‘caralho, eu tomei provavelmente a maior decisão da minha vida’. Mas agora obviamente deu certo, graças a Deus.”

Michael Clifford tem dificuldades para fazer amigos

No final de setembro, Clifford twittou, “Tentei convidar alguns amigos para um show hoje a noite e percebi que eu só tenho uns cinco amigos no total. Merda.” “Eu estava tentando convidar alguns amigos para o show do Foo Fighters,” ele explica agora. “E eu estava tipo, ‘Cara, todos os meus amigos vão querer ver Foo Fighters. Quem não gostaria?’ E então eu comecei a convidar as pessoas e então percebi que eu só tinha, tipo, quatro amigos que iriam realmente querer ir. Quando você faz o que nós fazemos, é muito mais difícil fazer amigos do que as pessoas pensam.”

Eles não são próximos de várias outras estrelas

“Ninguém é merda de amigo– é isso que me irrita nessas premiações,” disse Irwin depois de participar do American Music Awards. Ele tem uma teoria do porquê: “Todo mundo é inseguro e autoconsciente. Porque quando você está verdadeiramente sozinho, você é a porra do chefe. Você faz sua apresentação, você faz o dinheiro, eles são seus fãs. Mas quando você está numa porra de lugar com 40 outros artistas, você não é.

Taylor Swift não bloqueou o número de Michael Clifford

A banda foi ao aniversário de 25 anos da Taylor em 2014. “Eu nunca vi aquela quantidade de gente famosa. Era tipo, Beyoncé e Jay-Z sentados lá. Então o Justin Timberlake entra e eu tipo, ‘Wow, o que eu estou fazendo aqui?” diz Clifford.

Clifford e Swift trocaram mensagens brevemente depois da festa. Clifford foi citado depois dizendo que Swift tinha bloqueado seu número de telefone (Irwin brincou porque Michael estava mandando muitas mensagens para ela). “Eu disse aquilo e todo mundo enlouqueceu,” Clifford diz. O que realmente aconteceu? Clifford ficou sem ter o que dizer. “Eu mandei mensagem para ela algumas vezes um dia, e eu nunca mandei mensagem pra ela de novo,” ele diz. “Foi tipo, ‘Festa legal’ [Ela disse,] ‘Sim, obrigada.’ ‘Como você está?’ Mas esse foi o fim da conversa. “[Ela é] tão ridiculamente famosa. Nós não podemos ser amigos de pessoas tão famosas,” diz Clifford rindo. “Não funciona de verdade.”

A nude vazada de Calum Hood o fez se sentir inseguro, por um tempo

“Alguns comentários online eram tipo, ‘eu achei que fosse maior’. Isso meio que mexeu comigo por um tempo. Mas eu superei devagar. Eu sou uma alma livre, então estar pelado não é uma grande coisa. Eu vou ficar pelado sempre.”
Hood tentou ser mais cuidadoso no Twitter

“Definitivamente tiveram vezes onde eu twittei algo e logo fiquei ‘Merda, eu preciso apagar isso,” diz Hood. (Dias depois da nossa conversa, Hood enigmaticamente twittou, “Um dia eu vou embora e vou viver uma vida normal.”) “Você realmente precisa pensar o que você vai dizer antes de dizer, porque todo mundo é tão sensível para tudo agora,” Hood diz. “Eu só sou terrível nisso. Você não pode brincar sobre qualquer coisa. Nem fazer piadas, você não pode falar sua opinião sem ser totalmente julgado e desrespeitado por isso. É horrível.”

Halsey é uma amiga próxima, mas ela os decepcionou recentemente

A banda tem sido próxima de Halsey por anos. Em L.A, o grupo foi ver a cantora em ascensão fazer seu show no Fonda Theatre. Em um momento, Halsey atacou as pessoas legais demais da industria musical na área vip que não estavam participando, sugestivamente os dizendo para “dar o fora”. Irwin brincando baixou a cabeça e fingiu estar indo embora. “Foi estranho para nós,” Irwin diz no almoço no dia seguinte. “Porque nós estamos na mesma gravadora. Eu me senti mal. Eu fiquei meio, ‘Essas pessoas trabalharam para caralho para você. Eles investiram muito dinheiro em trazer você até aqui, eles lançaram sua música e trabalharam duro para botar você no rádio. Eles pagam seu jatinho pra chegar a uma porra de show em Nova York. Você tem que trabalhar bem com essas pessoas’”Ainda assim, 5SOS e Halsey apoiam uns aos outros; ela recentemente criticou um paparazzo invasivo que incomodou Irwin e sua família nas férias.

Ashton Irwin se identifica com sua nova balada “Broken Home”

O baterista teve uma infância difícil; seu pai foi embora quando Irwin tinha 2 anos e o baterista teve que ajudar a criar seus irmão e irmã mais novos enquanto sua mãe trabalhava em dois ou três empregos ao mesmo tempo. “Isso definitivamente afetou o jeito que sou: o jeito que escrevo música e o jeito que eu ajo. É definitivamente louco crescer sem um pai,” ele diz.

Irwin ficou movido quando o resto da banda o mostrou “Broken Home,” uma nova balada que eles escreveram com os Madden Brothers do Good Charlotte sobre uma criança querendo saber sobre o momento em que seus pais deixaram de se amar. “Eles estavam tipo, ‘Eu não me sinto confortável com essa canção, meus pais estão juntos’. E eu fiquei ‘Olha cara, você está cantando isso para mim. Se você for cantar para alguém, apenas cante para mim.’ Aquela foi a primeira vez que nós tivemos uma conversa dessa dentro da banda, tipo, ‘Essa é uma canção importante para nós e vai ser importante para outras pessoas, então precisamos cantar com nosso coração, e talvez avaliar o porque você está cantando isso.”

Eles tem pensado nos Beatles ultimamente

Five Seconds of Summer é uma banda com quatro cantores e quatro personalidades distintas. Eles são conhecidos por suas travessuras nos bastidores, como brincadeiras entre-canções no YouTube e sátiras, como quando eles se vestiram como pessoas idosas e foram ao Target. “Nós estávamos em Copenhagen outro dia que os Beatles lançaram seu [1 Video Collection] e nós nunca tínhamos visto aquilo,” diz Irwin. “E nós ficamos ‘Caralho! Isso definitivamente me lembra as coisas que fizemos.”

A cartilha de Sounds Good Feels Good apresenta artes de diferentes personagens que representam cada canção. Depois disso, eles viram uma conexão com os Beatles. Irwin diz, “É estranho porque nós, a turma, todas as coisas que estamos tentando fazer, todos cantando, criando personagens, e então eu voltei e olhei todas as coisas que eles fizeram com Sgt. Pepper! Já foi feito, caramba! Eles fizeram tudo – eles fizeram literalmente tudo – e fizeram tão bem. É tão irritante!”

5SOS quer abordar temas atuais em sua música

Dias depois dos horríveis ataques em Paris, Irwin estava lutando com como escrever sobre sérios acontecimentos mundias na música. “Nós temos voz, como você acalma as pessoas?” ele se perguntou. “Eu tenho pensado em como fazer isso direito. Eu não quero que isso seja forçado. Eu não quero que seja, apenas ficando a bordo com isso.Precisa ser real. Eu só não tive a ideia certa ainda. Essa banda vai escrever sobre isso. Nós vamos escrever sobre isso.”

“Está tudo tão fodido no momento,” Irwin continua. “Nós temos tantos fãs jovens que nunca experienciaram nada como isso [os ataques em Paris] em suas vidas. Eles nunca viram nada como isso. É novo para eles, então nós precisamos articular para eles porque somos a voz da cultura. Nós somos a voz para essas pessoas, essas jovens pessoas. Nós temos que fazer isso certo, precisamos nos articular muito bem. Nós vamos fazer isso certo, cara, só leva um tempo.”

Irwin traz a tona o dueto do U2 e Green Day com “The Saints Are Coming” em 2006 para arrecadar dinheiro para ajudar no Furacão Katrina. “É um dos melhores covers ever,” diz Irwin. “Eles tinham filmagens das enchentes de Nova Orleans depois do furacão, quando eles tinham pessoas no estádio. Eu quero escrever aquilo. Eu quero escrever músicas sobre aquelas coisas. Eu quero escrever canções sobre o estado atual do mundo.”

Fonte: Rolling Stone
Tradução/Adaptação: Equipe 5SOS Brasil

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