Classificação: 6 de 10
Data de lançamento: 23 de Outubro, 2015
Gravadora: CapitolO argumento que 5 Seconds of Summer tem contra ser chamado de boy band – que, apesar de ser um legado excessivamente orgulhoso, é historicamente um termo que nenhum grupo de sucesso de jovens músicos do sexo masculino querem atribuído a eles – é, claro, que eles são uma banda de meninos real, tocando seus próprios instrumentos e (principalmente) escrevendo suas próprias músicas. Esse fato não faz necessariamente uma tonelada de diferenças na nomenclatura do grupo, já que a definição de “boy band” é escorregadia, e também já foi usada várias vezes para descrever vários grupos (Hanson, Jonas Brothers, até os Beatles algumas vezes) que se encaixam num perfil similar. Mas a marca do 5SOS de guitarra pesada, efervescência também conecta o quarteto a linhagem musical pop-punk pós-GreenDay.
A evidência está escrita no segundo álbum da banda, Sounds Good Feels Good, que carrega, pesadamente, as impressçoes digitais de dois guardiões da chama punk -TRL: Benji e Joel Madden, as forças co-criativas por trás da virada do século os super poderosos do rock alternativo, Good Charlotte. Os irmãos Madden co-escreveram as primeiras quatro faixas no Sounds Good junto com o resto do 5SOS, e como resultado, as faixas evocam fortemente aquele inicio até meados dos anos 2000, período de dominação punk: cativante, imaturo, grande e completamente resistente a ser levado muito a sério.
Ganchos abundam a cada esquina, ocasionalmente roubados do passado do pop – referenciando “Rhymin’ & Stealin’” no refrão de “Money”, desembolçando dinheiro suado para usar a melodia vocal de “Hungry Like the Wolf” em “Hey Everybody” – enquanto a banda se apóia em uma pessoa de vaga vadiagem, deixando a luxúria e a preguiça ignorar o bom sendo em “She’s Kinda Hot” e ameaçando um inespecífico controle geracional em “Permanent Vacation.”
A sua infecciosidade é inegável, e te faz lembrar que não demos o devido valor aos Maddens em sua época. Good Charlotte foi gravemente insultada por ser uma péssima banda punk, mas eles eram uma ótima banda pop, prevendo o maximalismo de Top 40 de 2010, com sons emocionalmente comprimidos caracterizando grandes refrões que fizeram lidar com os problemas da juventude suburbana, como um hino. (Dois de seus maiores sucessos tinham até “Anthem” (hino) no título.) É uma venda ainda mais difícil para Good Charlotte em seus 30 anos, mas 5SOS são ajudantes altamente lógicos. Seu próprio sucesso revelação “She Looks So Perfect” admiravelmente continua o mais divertido pop-punk para gritar junto da década, uma marca maior do que qualquer uma dos irmãos Madden nos números registrados, mas alimentado pelo mesmo amor por grandes guitarras e coros maiores.
Sounds Good não tem nada tão bom quanto “Perfect” nele – os detalhes líricos geralmente não são tão acentuados quanto “Your lipstick stain is a work of art”, e não tem nada tão inesperadamente arrebatador como o falsete “Would you wanna run away tooooo…?” – e depois das músicas dos Madden acabarem, a faísca, gradualmente, enfraquece ao longo de 14 faixas (e 17 na edição deluxe). Mas o album na sua maioria foge do melaço de “Amnesia” álbum de estréia – tecnicamente a maior hit do álbum auto entitulado – e continua, pelo menos, meio envolvente na maior parte do seu tempo de duração. Canções como “Jet Black Heart” e “Waste the Night” conseguem filtrar com êxito o balada de coração sangrando de “Amnesia” através da entrega panorâmica de “Perfect”, se não a melhorou. 5SOS acha a balança em seu som que parece certo para eles, e o título preciso Sounds Good Feels Good sugere que na verdade não tem aquele espaço tão grande entre a boy band e o ambiente pop-punk e provavelmente nunca teve.
Fonte: Spin
Tradução/Adaptação: Equipe 5SOS Brasil