5 Seconds of Summer tem um pouco de problema de identidade.
Por um lado, eles são uma jovem banda de rock ‘n’ roll muito boa, como evidenciado por seu show na quarta a noite no Jacksonville Veterans Memorial Arena. Guitarras crunchy, grandes refrões com “whoa-oh-ph” e quatro rapazes que podem cantar.
Por outro lado, eles são comercializados como um tipo de boy band, um rótulo em que claramente não se encaixam. Não houveram harmonias afiadas e baladas românticas ou danças coreografadas em lugar nenhum no show de quarta.
Mas se é isso que é preciso para lotar uma arena de fãs adolescentes gritando, não tem nada de errado com isso. Pode ser a imagem que traz os fãs, mas 5SOS (como as fãs os conhecem) pode fazer bem. Foi provavelmente o primeiro show para várias das garotas na multidão – e o publico era praticamente exclusivamente de garotas e pais – bem, eles poderiam fazer muito pior.
“O tipo de show que nós fazemos é uma que não tem muito BS ao redor,” o guitarrista Michael Clifford diz do palco. “Nós tentamos trazer todo mundo aqui para terem a melhor noite de suas vidas. Esse é nosso trabalho.”
Essa é uma atitude muito admirável para uma banda onde o membro mais velho tem 22 anos. Não é uma banda que foi montada por um reality show de TV – os quatro australianos se juntaram por eles mesmos e muito claramente passaram mais tempo na garagem do que em um estúdio de dança. O show não tinha dançarinos ou músicos nas sombras fazendo o trabalho de verdade, sem palco se movendo ou armas de confetti.
A banda toca uma marca bem genérica de pop-punk, mas toca com grande entusiasmo, e aquela energia é jogada de volta para eles pelos fãs, cujos gritos na noite de quarta abafavam a música. Há alguns chops alí – Clifford e o vocal/guitarrista, Luke Hemmings, trocaram lambidas de guitarra de lados opostos do palco em “Castaway” foi tão sólida quanto podia, e Clifford parou “Jet Black Heart” e de pé, silenciosamente ao microfone, enquanto o nível de animação do publico construía o auge, que foi algo que você esperaria de uma banda com muito mais experiência (mesmo se ele tivesse deixado o toque continuar por mais tempo).
As bandas de abertura também merecem destaque. A primeira banda, Hey Violet, subiu ao palco às 19:15h – 15 minutos antes da hora estipulada nos ingressos. Eles foram em divertidos e apresentavam três mulheres – vocalista, baterista e tecladista – mais dois rapazes. A tecladista Miranda Miller tirou um momento para dizer que ela é de Jacksonville (mas a banda é de Los Angeles).
Particularmente impressionante com um cover de “Don’t Let Me Down”, de Chainsmokers.
A outra banda de abertura foi um quarteto japonês, One OK Rock, que tocou sem parar pelos 25 minutos inteiros exceto por uma música que poderia ter soado correta em casa em um país de estações de rádio.
Ao todo, um show que te dá fé no futuro do rock ‘n’ roll.
Fonte: Jacksonville
Tradução/Adaptação: Equipe 5SOS Brasil